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Podridão | Frente a crise, 18 capitalistas anunciaram 78 mil demissões para manter seus bilionários lucros

Nas últimas semanas, 18 capitalistas anunciaram 78 mil demissões (dados da Reuters, compilados pela Redação do Esquerda Diário) a fim de manter seus bilionários lucros frente a crise capitalista que projeta uma grande recessão para o ano de 2023. O início do movimento de demissões aconteceu no ano passado por empresas como Meta e Amazon, e a partir disso um efeito de cascata vem acontecendo.

sexta-feira 27 de janeiro de 2023 | Edição do dia

A alguns dias atrás mais empresas anunciaram demissões, como IBM (3,9 mil demissões) e SAP (3 mil demissões). Mostrando que mesmo quando os capitalistas estão enchendo seus bolsos com absurdas cifras, ainda assim os trabalhadores serão pisoteados pela ganância desses parasitas que nada produzem além de miséria e exploração.

Confira parte das demissões anunciadas nas últimas semanas (dados da Reuters, compilados pela Redação do Esquerda Diário)

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    As demissões vêm sendo debatidas em meio a discussões sobre Inteligência Artificial (IA) e contratações feitas durante a pandemia, quando os setores da Tecnologia tiveram uma alta de demanda. Agora que já encheram os bolsos com nosso trabalho lucrar, jogam os trabalhadores no olho da rua em meio à recessão e ao aumento do desemprego. Alguns chegam a anunciar o fim do trabalho, discursando que a IA poderia substituir os trabalhadores. Esquecem que por trás das máquinas existem mais trabalhadores para programá-las, fazer a manutenção, pesquisar, etc. É indiscutível que a IA pode reduzir radicalmente o tempo de muitas funções, mas também é inegável que mesmo assim são necessários seres humanos para operá-las e guiá-las. Prova disso é que em diversas empresas os cortes foram em áreas “humanas”, como Marketing, RH, gestão de pessoas, etc; enquanto os setores de pesquisa e tecnologia mantém recursos e continuam investindo em inovação. Trata-se de uma nefasta demagogia para justificar suas ações, que são diretamente colocadas na fila do desemprego e sujeitos a miséria mais de 150 mil trabalhadores (dados da Layoffs.fyi, referentes às demissões em Big techs em 2022).

    Esses bilionários são parasitas tidos como heróis pela mídia, procuram justificativas “lógicas” para não assumir responsabilidade sobre as vítimas de suas ações criminosas. O Sr. CEOs afirmam que para manter seus lucros frente a inflação são necessárias as demissões, mas esquece de dizer que eles são os culpados por isso visto que o desemprego no capitalismo é estrutural e sistêmico: faz parte desse modus operandi de uma sociedade regida pelo mercado, e quando os capitalistas sentem falta no próprio bolso (ou prevêem), quem paga a conta são os trabalhadores, jogados no submundo do desemprego e da informalidade.

    Para enfrentá-los, nosso primeiro desafio é construir uma força independente, com um programa operário e socialista. Nossos camaradas nos EUAs constroem o Left Voice (Jornal da mesma rede internacional do Esquerda Diário), colocando as principais batalhas da classe trabalhadora desde uma perspectiva revolucionária, apoiando-se na Geração U (que significa "Union", em português, "sindicatos") que vem protagonizando importantes greves, como na Inglaterra, onde os trabalhadores da Amazon entraram em greve nesta última semana.

    Essas gigantes corporações, que atuam em diversas empresas nos mais variados ramos, em centenas de países, apenas reforça a importância da internacionalização da luta dos trabalhadores; só essa união pode golpear esses bilionários sedentos por lucros. Lênin já falava da criação desses monopólios, tão característicos da época imperialista do capitalismo. Devemos combater esses parasitas ao redor do globo, dos EUA e Brasil à China, do Atlântico ao Pacífico. É necessário a expropriação de todos os monopólios sob controle dos trabalhadores e gestão da sociedade de conjunto. Só assim será possível colocar todos os avanços desenvolvidos a serviço de todos. A classe trabalhadora é quem pode, em unidade com a juventude e os setores oprimidos, oferecer uma saída para essa crise e impor que a crise paguem os capitalistas.




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