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Militares corruptos | General Braga Netto, cotado a vice de Bolsonaro, é acobertado novamente pelo Governo Federal

A Secretaria de Controle Interno da Presidência da República prorrogou hoje (04), pela segunda vez, em mais 180 dias o prazo de uma investigação contra o ministro da defesa e general Braga Netto, suspeito de assinar um contrato irregular, sem licitação, de mais de 40 milhões de reais com a empresa CTU Security, cujo dono é suspeito de assassinar o presidente Haitiano.

sábado 5 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

Foto: Evaristo Sá/AFP

O contrato em apuração seria referente à compra de 9.360 coletes à prova de bala para a Polícia Civil do Rio de Janeiro, em 2018, quando o general Braga Netto comandava o Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro. O militar assinou um contrato sem licitação, justamente com a empresa CTU security cujo dono é Antonio Emmanuel Intriago Valera, empresário investigado na Flórida por suspeita de perticipação no assassinato de Jovenel Moïse, presidente do Haiti, em 2021.

A investigação, aberta em 2020 para apurar irregularidades no contrato assinado por Braga Netto, sofreu uma segunda prorrogação de 180 dias em seus prazos no dia de hoje. Para além da habitual cumplicidade entre governo Bolsonaro e militares, o general é um nome forte cotado para ser vice de Bolsonaro na chapa presidencial.

O General é um ferrenho apoiador das pautas reacionárias de Bolsonaro e um dos militares “braço direito” do governo federal, ocupando o cargo estratégico de ministro da defesa desde 2021.

UM especialista no comando de operações de militarização das cidades para manutenção da "ordem e paz", comandou a militarização dos morros cariocas nos jogos Olímpicos e paraolímpicos e a partir de março de 2018 os 10 meses de intervenção militar no Rio de Janeiro com o maior número de mortes fruto de execuções policiais da história da cidade, entre elas Marielle Franco.

Na polêmica do voto impresso o generalameaçou a realização das eleições de 2022, um intento golpista caso não fosse adotado o voto impresso fazendo côro com os delírios trumpistas de Bolsonaro. Posteriormente, ao prestar depoimento na Câmara onde ele foi convocado a prestar esclarecimentos sobre as ameaças golpistas, declarou que “não considero que tenha havido uma ditadura. Houve um regime forte…” e que deve ser celebrado, fortalecendo o côro golpista da extrema direita de querer ressignificar a ditadura e o golpe militar.

Em agosto do ano passado, fez questão de ressaltar a submissão das Forças Armadas a Bolsonaro em evento de entrega do espadim aos formandos da Academia Militar das Agulhas Negras, ao lado do presidente.

Currículo não falta para Braga Netto ser o vice do arqui reacionário Jair Bolsonaro, que forma o governo com maior composição de militares da história do último período democratico brasileiro onde esses militares cumpriram importantes papéis na aprovação das reformas da previdência e trabalhista, na desastrosa condução da pandemia pelo governo federal e na negligência a combater as catástrofes ambientais que acometeram o país nos últimos anos.




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