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Passando a boiada | Governo Bolsonaro entrega Serra da Canastra e mais 4 áreas de conservação ao setor privado

A transformação de unidades de conservação ambiental federais em unidades sob gestão privada avança no governo de Bolsonaro para que grandes empresários possam garantir seus lucros com a exploração da natureza. Dentre essas unidades estão o Parque Nacional da Serra da Canastra em Minas Gerais e outras 4 unidades de conservação ambiental.

terça-feira 8 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

Foto: Agência Senado

Nesta terça-feira (08), o governo publicou no Diário Oficial da União (DOU) mais cinco unidades que entram para o Programa Nacional de Desestatização (PND), que centraliza as concessões para exploração comercial das áreas de conservação ambiental. Nas concessões, as receitas das empresas estão associadas à cobrança de entrada nas áreas, abertura de lojas e restaurantes, oferta de serviços de turismo, entre outros.

Essa é mais uma medida do governo para satisfazer o interesse da burguesia de lucrar com a exploração predatória da natureza. Entre as unidades, que hoje são áreas de conservação e que Bolsonaro entregará para empresário, está o Parque Nacional da Serra da Canastra, localizado nas regiões de Cerrado do oeste e sul de Minas Gerais, nas bacias hidrográficas do rio São Francisco, rio Grande e rio Paranaíba. Um lugar reconhecido pela beleza de seus "chapadões", como o chapadão da Canastra e o chapadão da Babilônia.

Outras quatro unidades que serão oferecidas à iniciativa privada são os parques nacionais da Restinga de Jurubatiba, no Rio de Janeiro; da Serra do Cipó, em Minas Gerais; de Caparaó, na divisa entre Minas e do Espírito Santo; e a Floresta Nacional de Ipanema, em São Paulo.

Desde o início do governo, Bolsonaro e Mourão, encararam a pauta ambiental como uma maneira de garantir o lucro de setores como do agronegócio e grandes empresários que lucram com a exploração da naturezas. Para esses setores, o governo atacou a legislação ambiental, com o intuito de, nas palavras do próprio ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, "passar a boiada".

Desde 2019, quatro concessões foram concluídas pelo governo, as dos parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral, além das florestas nacionais de Canela e de São Francisco de Paula.

Há outras sete unidades que, segundo o Ministério do Meio Ambiente, estão em fase adiantada e serão repassadas a empresas neste ano, os parques nacionais da Serra dos Órgãos, de Jericoacoara, da Chapada dos Guimarães, de Brasília, de Anavilhanas e de Jaú, além da Floresta Nacional de Brasília.

Nos governo de Bolsonaro o Brasil bateu recorde de desmatamento e de queimadas, fruto desta política que serve somente a burguesia. A entrega de unidades de conservação ambiental à iniciativa privada faz parte do projeto capitalista que destrói a natureza. A exploração comercial de áreas que são destinadas a conservação, áreas conhecidas pelas belezas naturais, é mais uma amostra de como o capitalismo é nocivo ao meio ambiente,

Com informações de Agência Estado

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