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9 de julho | Grande convocatória na Argentina: dezenas de organizações chamam para marchar por outra saída da crise

A renúncia de Guzmán abriu uma nova etapa da crise argentina. A classe trabalhadora, as mulheres e os jovens devem intervir nesse cenário. Um grande arco de organizações sociais, políticas e operárias convocam para marchar de forma unitária neste 9 de julho para a Plaza de Mayo e outras partes do país. Apoio a todas as lutas. Que as centrais sindicais rompam a trégua e convoquem uma paralisação nacional e planejem a luta por todas as nossas reivindicações, na perspectiva da greve geral. Pela ruptura com o FMI, o não pagamento da dívida e de outras medidas emergenciais. Por um governo dos trabalhadores.

quarta-feira 6 de julho de 2022 | Edição do dia

Reproduzimos aqui o chamado do Partido Socialista de Trabalhadores (PTS) da Argentina, partido irmão do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT), e outras organizações para a mobilização do dia 9 de julho frente a crise econômica e política no país.

A crise nacional só piora. A renúncia de Martín Guzmán do Ministério da Economia, enquanto Cristina Kirchner falava, é a confissão de um fracasso. O Fundo Monetário Internacional (FMI) devorou ​​mais um ministro da história argentina, deixando um mar de pobreza, crise e incerteza.

Neste momento, as classes dominantes discutem suas saídas. Mas nenhuma figura por outra, nem um novo plano econômico que permaneça nas garras do FMI poderá dar uma solução favorável ao sofrimento de milhões, mas muito pelo contrário: já consolidaram os ataques desde o macrismo até hoje e agora buscarão aprofundar esse caminho para cumprir com a organização internacional.

Honrar o golpe da dívida ilegal - algo em que a Frente de Todos (peronista-kirchinerista) a Juntos por el Cambio (macrista) e Milei (extrema-direita) concordam - só aprofundou a crise, deixando 40% da população abaixo da linha da pobreza e a renda popular atingida pela inflação. As variáveis ​​de ajuste são sempre as maiorias populares enquanto os mesmos de sempre continuam a ganhar: os bancos, os latifundiários da soja e os grandes empresários.

A direita de Macri, Milei e Larreta pede mais ajustes e aprofundamento das reformas e ataques contra os trabalhadores. A Frente de Todos está mergulhada em uma grande crise, mas todas as suas alas deixam o plano correr com o FMI e garantem os negócios dos poderosos. Além do discurso, não têm nada de bom para oferecer aos trabalhadores. Cristina Kirchner critica Alberto Fernández, mas acaba de atacar o movimento piquetero da oposição e se reúne com os membros mais rançosos do aparato de governadores, prefeitos e burocracia sindical para fazer um braço político.

As patronais do campo estão se preparando para uma paralisação por suas reivindicações. Os proprietários das transportadoras vêm de paradas por dez dias. Os especuladores financeiros pedem mais desvalorização.

Nesse quadro, a classe trabalhadora, as mulheres e os jovens devem intervir na crise. Por isso que dezenas de organizações sociais, políticas e de trabalhadores estão convocando uma concentração neste 9 de julho às 14h30 na Avenida de Mayo e 9 de Julio para marchar até a Plaza de Mayo. Também está sendo chamado em cidades do interior do país.

Pelo apoio daqueles que lutam, como os trabalhadores do SUTNA, de Bagley, os movimentos sociais da oposição ou os professores em diferentes partes do país.

Exigindo também que as centrais sindicais rompam sua trégua e subordinação ao Governo, que convoquem agora uma paralisação nacional e planejem a luta por nossas demandas mais urgentes, na perspectiva de uma greve geral, começando por recuperar tudo o que foi perdido de Macri até aqui e pelo reajuste automático dos salários de acordo com a inflação.

Desde a esquerda também propomos uma solução fundamental para o problema do trabalho: impulsionar uma luta para reduzir a jornada de trabalho para 6 horas, 5 dias por semana, com um salário que cubra pelo menos a cesta familiar. Para que trabalhem todos e todas. A aplicação dessa medida apenas em 12.000 grandes empresas criaria 1 milhão de empregos.

Mas esta luta deve se dar a partir de uma perspectiva de fundo: é por isso que para este 9 de julho, desde o PTS, da Frente de Unidade de Esquerda e dezenas de organizações políticas, sociais, de trabalhadores e juventude,convocamos uma marcha à Praça de Mayo e outros lugares do país exigindo uma greve nacional e um plano de luta, sob as seguintes palavras de ordem:

Não ao pagamento da dívida externa! Anulação do acordo do governo com o FMI!

Chega de ajuste, saque, extrativismo e dependência! A dívida é com os povos e a natureza!

Que os recursos sejam para resolver as necessidades populares: salário, trabalho, aposentadoria, saúde, educação, moradia e assistência.

O reajuste também se dá pela inflação. Salário mínimo igual a cesta familiar.

Reajuste mensal de salários, aposentadoria e programas sociais.

Pelo triunfo de todas as lutas operárias e populares.

Por uma greve nacional e um plano de luta contra o ajuste.

Abaixo a criminalização dos protestos

Solidariedade com o povo do Equador. Chega de repressão. Liberdade aos detentos.

Convocam para a marcha neste 9 de julho:

Partido de Trabajadores Socialistas (PTS na FIT-U)
Movimiento Socialista de los Trabajadores (MST na FIT-U)
Partido obrero (PO na FITU)
Izquierda Socialista (IS na FITU)
Autoconvocatoria por la suspensión del pago e investigación de la deuda
Coordinadora Basta de Falsas Soluciones
Libres del Sur
Barrios de Pie
Movimiento Sur
Frente de organizaciones en lucha( (FOL)
Unión Ferroviaria Oeste, Cuerpo de Delegados del Ferrocarril Sarmiento
CICOP - Hospital Posadas
Ademys
Sindicato de los Trabajadores Municipales de Vicente López
Encuentro militante Cachito Fuckman
EDI Economistas de Izquierda
AGD UBA
Frente Popular Darío Santillán
Movimiento de Agrupaciones Clasistas (MAC)
Plenario del Sindicalismo Combativo (PSC)
Centro de Profesionales por los Derechos Humanos (Ceprodh)
Agrupación ambiental anticapitalista Alerta Roja
Pan y Rosas
Centro de Abogados por los Derechos Humanos (CADHU)
Movimiento Sin Trabajo "Teresa Vive"
Agrupación Nacional Clasista Antiburocrática (ANCLA)
Juntas y a la Izquierda
Libre Diversidad
Red Ecosocialista
Polo Obrero
Coordinadora Sindical Clasista (CSC)
Asociacion de Profesionales en lucha (APEL)
Tribuna Ambiental
Plenario de trabajadoras
Isadora, mujeres en lucha
Ambiente en Lucha
Dialogo 2000, ATTAC - CADTM Argentina
CPI
PRML
Cuba-MTR
TUN 29 de Mayo
JR Che
Opinión Socialista
FeTERA
LyF La Pampa y Desde el Pie - La Pampa
Mesa Coordinadora de Jubilades y Pensionades
Asamblea de Villa Pueyrredón
Emancipación Sur
Propuesta Sur Rosario
Hilo Rojo Colectivx Militante
Partido de la Liberación
Agrupación 29 de Mayo - Presidencia del CEJVG
Frente Popular Dario Santillan
Colectivo Reagrupando
Coordinadora por el Cambio Social: Frente de Organizaciones en Lucha
Movimiento de los Pueblos Por un Socialismo feminista desde abajo
Frente Popular Darío Santillán - Corriente Plurinacional
MULCS Movimiento por la Unidad Latinoamericana y el Cambio Social
Movimiento 8 de Abril
FAR y COPA en Marabunta Corriente Social y Política
FOB Autónoma
OLP Resistir y Luchar
Igualdad Social
Mumalá
PSTU
Convergencia Socialista
MTR 12 de Abril
Colectivo militante Diciembre
Democracia Socialista
Organización Revolucionaria Guevaristas
Venceremos Partido de Trabajadores
SITRAREPA
Corriente Sindical 18 de Diciembre
Las Rojas
Nuevo MAS
Marabunta, Corriente social y política
Política Obrera




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