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Paralisações e ações de rodoviários se espalham pelo país contra atrasos salariais e mortes por covid

Distrito Federal, Maceió, Maringá, Campos do Jordão, Bauru, São Paulo... a cada dia que passa mais trabalhadores do transporte se organizam e organizam paralisações, greves e ações contra os ataques da patronal e as mortes por covid. É preciso unir todas essas lutas.

quinta-feira 8 de abril de 2021 | Edição do dia

Foto: Rodoviários no DF / Ed Alves / CB / DA Press

A pandemia tem sido dura com a categoria dos rodoviários de todo o país. Ao lado dos enfermeiros, garis, trabalhadores da limpeza e outros, os motoristas e cobradores compõem um dos setores da sociedade que mais se expõe ao vírus. Na maioria das vezes, sem o apoio das empresas para a devida segurança sanitária, o que está levando a incontáveis mortes de motoristas e cobradores. Ao mesmo tempo, estamos vendo a patronal dos transportes descarregar a crise nas costas desses trabalhadores com demissões, reduções salariais, atrasos na folha de pagamento e tantos outros ataques. A redução de passageiros está sendo a grande justificativa para os patrões atacarem os direitos trabalhistas e manterem seus lucros intactos, enquanto o governo federal nega a existência da pandemia e favorece os empresários (e não os trabalhadores).

A diferença, nesse início de ano, é que estamos vendo uma profusão de paralisações, greves e ações por parte dos trabalhadores de inúmeras cidades espalhadas pelo país. Tudo isso simultaneamente, mas não de forma coordenada.

Só essa semana trabalhadores de Campos do Jordão, Maringá, Bauru, Distrito Federal e Maceió estão cruzando os braços. Está marcado indicativo de greve sanitária no metrô de São Paulo para o dia 20 de abril. Funcionários da CPTM, também de São Paulo, podem entrar em greve dia 15. No final de março, motoristas de Natal fizeram paralisação exigindo vacina. Rodoviários de Porto Alegre denunciam dezenas de mortes, demissões e desespero na categoria. Há uma explosão de ataques aos trabalhadores do transporte de todo o país e é necessário unificar todas essas lutas e golpear a patronal com um só punho.

Distrito Federal: Os rodoviários protestaram contra o negacionismo e o atraso na vacinação da categoria, que foi prometida com celeridade pelo governo de Ibaneis. Cerca de 200 ônibus correram pela cidade, no estacionamento do Mané Garrinha e na estação de metrô 114 sul, ainda que não tenha havido paralisação da categoria neste dia.

Maceió: Rodoviários da capital alagoana reivindicam a manutenção do plano de saúde e do ticket alimentação, que a patronal quer tirar. A justiça chegou a determinar a greve ilegal, como é de praxe o poder judiciário atuar ao lado dos ricos, atacando o legítimo direito de lutar dos trabalhadores.

Maringá: A terceira maior cidade do Paraná amanheceu hoje (8) paralisada. O pagamento que devia ter caído nessa quarta-feira (7) atrasou e os trabalhadores cruzaram os braços reivindicando seus direitos.

Campos do Jordão: Os trabalhadores pararam nessa quinta-feira (8) após a patronal, Viação na Montanha, atrasar os salários. Pela manhã os funcionários protestaram na frente da empresa.

Bauru: Rodoviários da cidade que dá nome ao delicioso sanduíche, no interior de São Paulo, prometem paralisação de 72 horas em defesa da vacinação da categoria, pagamento integral dos salários e respeito com a categoria.

São Paulo: Metroviários de São Paulo possuem um grande histórico de luta. Como afirmou a diretora do Sindicato e militante do movimento Nossa Classe, Fernanda Peluci, "trabalhadores dos transportes unidos são mais fortes, por vacina e contra os ataques!”, em entrevista para o Esquerda Diário. O metrô da maior cidade da américa do sul promete parar dia 20 e Fernanda conta também sobre a necessidade de unidade entre metroviários e rodoviários da capital, bem como a necessária ação das centrais sindicais para sair da trégua com os governos e organizar desde já assembleias nos locais de trabalho para unificar a luta dos trabalhadores.

Se você é rodoviário, metroviário ou usuário e apoia a luta dos rodoviários, mande sua denúncia para o Esquerda Diário. Precisamos unir a luta de todos os trabalhadores do transporte em defesa do direito de vacina para todos, contra os ataques da patronal e contra todos os ataques dos governos em cima das nossas costas.

💬 Quer denunciar? Mande seu relato para +55 11 97750-9596
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