×

Raio privatizador | Guedes sugere vender praias brasileiras: "exemplo de má gestão"

Entrevistado pelo podcast Flow, Paulo Guedes não deixou de mostrar, como sempre, sua sanha pela entrega e privatização generalizada do país, colocando até as praias brasileiras como exemplo da má gestão. Segundo ele, seria possível capitalizar R$ 1 bilhão com a venda das praias brasileiras.

quarta-feira 28 de setembro de 2022 | Edição do dia

A conhecida sanha privatizadora de Paulo Guedes, ministro da economia, já era conhecida desde as eleições de 2018 quando ele prometia privatizar todas as estatais do país. Seus planos não se concretizaram exatamente como ele queria, ainda que o governo conseguiu avançar na entrega de diversas subsidiárias da Petrobrás, da BR Distribuidora, da Liquigas, e aprovando os projetos de privatização da Eletrobras e dos Correios.

Entretanto, no podcast Flow, o banqueiro, acusado de fraude na administração do fundo de pensão dos Correios, colocou na mira até as praias brasileiras, dizendo que são um exemplo de ’"má gestão":

“O caso do Brasil é um caso clássico de má gestão. Tem trilhões de artigos mal usadas. Por exemplo, tem um grupo de fora que quer comprar uma praia numa região importante do Brasil e quer pagar US$ 1 bilhão. Aí você chega lá e pergunta: vem cá, vamos fazer um leilão dessa praia? Não, não pode, isso é da Marinha. E quanto a gente recebe por isso? Não, a gente pinta lá o quartel deles uma vez por ano. É muito mal gerido o troço. Não é de ninguém, quando é do governo não é de ninguém”, disse o ministro ao Flow Podcast.

Além dessa declaração, como era previsível, a entrevista se tratou de uma defesa do governo Bolsonaro e do delirante discurso de que a economia vai bem, bem como da defesa da atuação negacionista durante a pandemia.

Ele citou a estimativa do Banco Mundial para o crescimento do PIB chinês, de 2,8%, neste ano, e afirmou que a expansão da economia brasileira será maior. A projeção oficial do Ministério da Economia é de alta de 2,7%. Enquanto isso o pequeno crescimento econômico aferido nos números, não tem representado uma melhoria nas condições de vida da classe trabalhadora que segue sofrendo nos supermercados com a inflação dos alimentos, com a informalidade no mercado de trabalho e o crescimento da fome.

O ministro criticou também a oposição, dizendo que "subiram em cadáveres para fazer política", em alusão à má gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia de Covid-19.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias