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Economia | Guedes vai na "Voz do Brasil" para fazer campanha para Bolsonaro e demagogia com economia

Faltando 17 dias para as eleições, governo Bolsonaro coloca Paulo Guedes para dar entrevista para o programa estatal "Voz do Brasil", para afirmar que o país está crescendo, gerando empregos e atraindo investimentos. Não menciona, entretanto, a fome, inflação e desemprego causadas pelas reformas e privatizações e que hoje assolam a população trabalhadora.

sexta-feira 16 de setembro de 2022 | Edição do dia

Imagem: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Faltando 17 dias para as eleições, o governo Bolsonaro colocou Paulo Guedes para dar entrevista para o programa estatal Voz do Brasil, para exaltar o desempenho da economia brasileira. O programa é transmitido obrigatoriamente para rádios de todo o país e também foi veiculado pela TV Brasil.

Em entrevista, Paulo Guedes não deixou de fazer campanha para Bolsonaro com as suas demagogias sobre a economia e a situação brasileira. Guedes afirmou que o país está crescendo, gerando empregos e atraindo investimentos. A TV Brasil exibia letreiros dizendo que "Brasil retoma crescimento econômico e empregos" mas não mencionou, entretanto, a situação de fome em que 3 a cada 10 famílias se encontram, a inflação sobre os alimentos que se acumula e as famílias endividadas do país, tudo isso enquanto os bancos e os grandes empresários continuam a lucrar.

  •  Recuperação parcial da economia não se reflete na vida do trabalhador

    Guedes ainda se orgulhou das "estratégias" do governo de combate a pandemia e o auxílio emergencial, dizendo que a "a política econômica brasileira de reação à pandemia, mantendo as reformas estruturais, preservando empregos, salvando vidas, vacinando a população, teria efeito". Guedes enche o peito para falar das políticas do governo Bolsonaro que deixou mais de meio milhão de mortos no país, milhares de trabalhadores desempregados e que trouxe o país de volta ao mapa da fome.

    Guedes ainda afirma que "interrompemos reajustes para quem estava bem, como o funcionalismo público brasileiro", se referindo aos reajustes salariais paralisados de servidores públicos e professores em meio a alta inflação e ainda a precarização de diversos serviços com as privatizações e a crescente terceirização, ao mesmo tempo que aumentava os privilégios das castas do judiciário e dos militares.

    O ministro da Economia ainda mencionou os trabalhadores informais, afirmando que foi um mercado "descoberto na pandemia", quando grandes empresários enriqueciam as custas de trabalhadores que garantiram que diversas pessoas pudessem ficar em casa enquanto eles mesmos trabalhavam horas extenuantes, sem nenhum direito trabalhista e sem nenhuma segurança contra acidentes de trabalho ou ao COVID-19.

  •  No Brasil de Bolsonaro e militares, trabalhador é contratado com salário 2,82% menor que em 2021

    Frente as eleições, o uso indevido da rádio para fazer campanha para Bolsonaro e exaltar suas políticas genocidas, privatistas e de ataques aos trabalhadores é o menor absurdo dessa situação, frente às mentiras e às demagogias de Guedes e Bolsonaro enquanto o povo passa fome e encara desemprego e inflação. Apesar das mentiras, a população ainda sofre os efeitos das reformas e privatizações aprovadas pela direita e extrema-direita de Bolsonaro, que hoje precarizam a vida dos trabalhadores. Esses ataques só podem ser barrados com a força e organização da classe trabalhadora, sem confiança nos mesmos setores que os atacam e sem aliança com a direita que também fez parte de abrir caminho para privatizações e reformas, como Alckmin que, hoje, é considerado por Lula um aliado.

    Leia também: Combater o bolsonarismo e preparar a vanguarda para a luta contra as reformas e ataques




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