Paralisação recenseadores | IBGE ameaça recenseadores às vésperas da paralisação

Às vésperas da paralisação nacional dos recenseadores do Censo Demográfico recebemos denúncia de cobrança de aumento de produtividade com mensagens indicando a meta diária de 20 questionários realizados por dia, e caso a demanda não seja atendida há ameaça de desligamentos dos recenseadores, mesmo com o desligamento de servidores públicos sendo vedados no período das eleições.
O aumento de produtividade, ainda mais de um trabalho em que não se exige cumprimento de rotina diária, já se mostra desconectado da realidade de um trabalho precário, muitas vezes um complemento de renda, mas ainda é mais sério frente a possibilidade de paralisação no 1º de setembro.

Os recenseadores reivindicam correção das taxas pagas, que incidem sobre o número de locais visitados, locais que são residência e número de moradores, além de reajustes no auxílios com deslocamento, que não inclui sequer auxílio alimentação. Outras reivindicações incluem maior transparência para o pagamento, que haja maior frequência no pagamento e maior auxílio para realização da coleta.

Frente a intensa mobilização o IBGE declarou ao jornal Valor Econômico no dia 30/08 que “não tem informação oficial dessa greve” e admitiu rever algumas medidas. O que nem o IBGE disse, muito menos o jornal Valor Econômico, amplo defensor do corte de gastos públicos, é que esse Censo Demográfico está sendo realizado com quase metade do orçamento necessário. Em 2019 o Censo para 2020 foi orçado em 3,1 bilhões, o que pela inflação dariam quase 3,7 bilhões em 2022, entretanto, a atual direção do IBGE, amparada pelo STF e pelo Congresso destinou somente 2,3 bilhões para realização do Censo.

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