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SEMANÁRIO

Preço alto tem a conciliação: o silêncio da Resistência/Afronte sobre Alckmin e o grande capital

Vitória Camargo

Na última semana, neste Suplemento teórico, publicamos um artigo de André Barbieri abordando as lições de Trótski para refletir acerca dos desafios que perpassam a esquerda brasileira quanto a impulsionar a organização e luta decididas contra Bolsonaro e a extrema direita. Essa é nossa tarefa de primeira ordem hoje, como os resultados do primeiro turno das eleições reafirmaram. No artigo, debatemos contra a posição de Valério Arcary, dirigente da Resistência (PSOL) e uma das figuras que melhor encarna a política petista de simultaneamente corroborar com a tese do ascenso do neofascismo no Brasil e encobrir a falta de qualquer combate sério por parte do PT e das direções do movimento de massas contra a extrema direita, abrindo ainda mais espaço ao bolsonarismo com a conciliação da chapa Lula-Alckmin. Diante disso, a Resistência elaborou uma resposta ao artigo, com o título de O silêncio tem um preço alto: um debate com MRT/Faísca. Queremos aqui dar continuidade a esse debate, em geral sempre salutar, mas neste caso menos pela profundidade dos argumentos apresentados na resposta a nós e mais por serem representativos de determinadas formas de pensar a teoria e a política que reafirmam a ruptura com o marxismo que apontamos.