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Autoritarismo nas eleições | Indígenas são impedidos de votar por prefeito bolsonarista que suspendeu transporte em cidade do MT

Segundo denúncias do cacique Siraium Kayabi, índígenas de 6 etnias do município de Qurência (717 Km de Cuiabá) ficaram sem votar após decisão do prefeito Fernando Gurgen (União) de suspender o transporte público em terras indígenas no município.

domingo 30 de outubro de 2022 | Edição do dia

Segundo o cacique, pelo menos 3 mil indígenas ficaram sem votar ou tiveram dificuldades para chegar até o local de votação, após decisão do prefeito de suspender o transporte.

"Nenhum povo foi atendido pelo transporte, esse negócio tá ruim para nós, todos sabem que somos cidadão brasileiros igual qualquer um, temos direito de escolher nossos representantes", afirmou o cacique.

Leia também: Abaixo as operações da PRF e do Exército que querem impedir o povo de votar

Ficaram sem poder votar indígenas das etnias Suiá, Kayabi, Kalapalo, Matipu, Nafukuá e Kuikuro. Alguns desses grupos vivem na Terra Indígena do Xingu, a maior área indígena do estado de Mato Grosso.

Informações veiculadas posteriormente as primeiras denúncias destacam que os ônibus só foram disponibilizados depois que advogados indígenas foram até os cartórios eleitorais registrar as denúncias.

O dia de votação nesse 2º turno está marcado por denúncias de autoritarismo e manipulação com limitação de transporte, e também pela escandalosa atuação da PRF para bloquear vias, especialmente no NE. Enquanto chovem denúncias de que a PRF e o exército estão fazendo ações para impedir que vários setores da população possam votar, o presidente do TSE reiterou várias vezes que “ninguém foi impedido de votar”. Chovem vídeos também de policiais agredindo eleitores do Lula, fazendo campanha para Bolsonaro e abusando da autoridade nesse segundo turno.

Entenda: Alexandre de Moraes compra narrativa de diretor da PRF e diz que ações não impediram ninguém de votar

A enorme quantidade de denúncias, assim como as declarações de Alexandre de Moraes, mostram que é preciso combater essas ações escandalosas com a força da mobilização da classe trabalhadora, sem confiar de forma alguma no TSE ou no STF que estão na prática passando um pano para os ataques da extrema-direita e do bolsonarismo no dia de hoje. A política de confiança nas instituições desse regime degradado do golpe institucional está na contramão da organização dos trabalhadores e da juventude, para enfrentar com seus métodos a extrema direita e seus anseios golpistas.




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