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7 de setembro | Indígenas seguem acampados no DF dando exemplo de resistência em meio a atos bolsonaristas

O acampamento indígena Luta pela Vida que já está há mais de duas semanas em Brasília, segue dando um exemplo de resistência contra o Marco Temporal e os ataques de Bolsonaro, Mourão, Congresso e STF. Milhares de indígenas permanecem acampados mesmo com os atos bolsonaristas marcados e ainda hoje mais de 4 mil mulheres indígenas devem chegar à capital federal para a marcha de mulheres que ocorrerá amanhã.

terça-feira 7 de setembro de 2021 | Edição do dia

Foto: Dalton Yatabe (Chun)

Em meio aos chamados golpistas de Bolsonaro para os atos do 7 de setembro que se concentrarão principalmente em São Paulo e Brasília, milhares de indígenas seguem acampados na capital federal lutando contra o Marco Temporal que voltará a pauta do STF amanhã. O acampamento está neste momento na Funarte próximo a Torre de TV, local que está marcado para ocorrer o ato contra Bolsonaro em Brasília.

Mesmo com a invasão de bolsonaristas a esplanada, que estão contando inclusive com a conivência da polícia do DF comandada pelo governador Ibaneis Rocha, advogado de defesa dos assassinos do líder indígena Pataxó Galdino Jesus dos Santos, segue a resistência dos indígenas que contarão com a presença de mais de 4 mil mulheres indígenas que estão chegando ainda hoje para a marcha nacional de mulheres que será realizada amanhã.

Leia também: Enfrentar ameaças golpistas no 7/9 ocupando as ruas com as organizações dos trabalhadores e a esquerda

O acampamento indígena que já resiste há mais de duas semanas em Brasília e que se combinou com cortes de rodovias por todo o país na luta contra o Marco Temporal é um grande exemplo de resistência na luta contra os ataques de Bolsonaro, Mourão, Congresso e STF. As centrais sindicais que deveriam se inspirar neste exemplo, e inclusive se unificar com essa luta, seguem sem apresentar um plano efetivo de luta, chegando ao absurdo de clamar para que as instituições do regime, ou seja à direita golpista que se diz “oposição” a Bolsonaro e que também é responsável pelos ataques e reformas, tomasse a frente do país.

A política do PT, a que grande parte da esquerda se adapta, é seguir apostando em desgastar Bolsonaro rumo as eleições de 2022, o que nesse momento é ainda mais criminosa diante de tamanhas ameaças às liberdades democráticas que o bolsonarismo está levando adiante. Mesmo com os chamados para os atos contra Bolsonaro neste dia 7, a CUT e a CTB passaram a semana inteira praticamente de férias sem construir assembleias nos locais de trabalho.

Diante dessa situação acreditamos que a esquerda que se reivindica revolucionária deveria, através do seu peso nos sindicatos e no parlamento colocar todas as suas energias em articular um polo anti-burocrático, que possa coordenar as lutas de vanguarda de trabalhadores que estão ocorrendo como foi a greve da MRV, Carris, Rede TV, Sae Towers e a dos próprios indígenas. Exigir das centrais sindicais que organizem um plano de luta efetivo que possa coordenar os focos de resistência em curso e possibilitar que entre em ação a única força capaz de derrotar Bolsonaro e toda sua retórica e ameaça golpista, a força dos trabalhadores aliados com a juventude e os movimentos sociais.

Leia mais: O que esperar dos atos bolsonaristas do dia 7?




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