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USP | Indignante: USP segue ignorando reivindicações dos trabalhadores diante do surto de covid-19 no bandejão

Os trabalhadores do bandejão central da USP seguem paralisados após a reitoria não propor nenhuma medida diante do surto de covid-19 na unidade em reunião da Comissão Permanente de Relações do Trabalho.

quarta-feira 23 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

IMAGEM: Esquerda Diário

Os trabalhadores do bandejão central da Universidade de São Paulo estão há mais de 40 dias lutando pela saúde e pelas suas vidas através de uma paralisação, frente a um surto de covid-19 na unidade, onde mais de 20 funcionários se contaminaram neste último período e que não há sequer medidas mínimas para sua segurança, como a realização de testes, por parte da reitoria e da divisão de alimentos da Superintendência de Assistência Social da Universidade de São Paulo (SAS) que administram o restaurante na USP.

A nova gestão da reitoria da USP, sob o comando de Carlos Gilberto Carlotti Junior e Maria Arminda do Nascimento Arruda, que assumiu a posse este ano e que se diz enquanto uma gestão que dialoga com os demais setores, na realidade vem ignorando as reivindicações dos trabalhadores que foram enviadas pelo seu sindicato, Sintusp, através de um ofício no início da paralisação, assim como divulgadas pela imprensa e por seus representantes do Conselho Universitário em reunião com o próprio reitor.

Inclusive na última sexta-feira (18), ocorreu uma reunião da qual a reitoria cinicamente disse que não estava ciente delas e que só naquele momento estava sabendo das reivindicações, sem propor algum encaminhamento concreto diante das mesmas. Os trabalhadores, completamente indignados diante desse descaso, se reuniram em assembleia após a reunião decidiram seguir em sua paralisação em defesa de suas reivindicações.

Algo que é extremamente urgente em meio a uma situação que expõe claramente o nível de desigualdade que a reitoria trata os trabalhadores em relação a outros setores, quando há uma enorme negligência diante de suas vidas, no marco de se ter tido ao menos quarenta falecimentos de trabalhadores da USP por covid-19.

Ao mesmo tempo, esse grave descaso também coloca em risco não só a vida dos trabalhadores, como também dos próprios estudantes, que frequentam o bandejão. Mesmo, quando próprio reitor em reunião com representantes da categoria no Conselho Universitário fala que trataria essa questão com urgência, suas ações não só não condizem com isso, como também agravam a situação ao não tomar nenhuma providência.

Leia também: Luta dos trabalhadores do bandejão da USP

Dessa forma, vemos novamente a reitoria cumprindo um papel de seguir conduzindo o desmonte da universidade através da manutenção de condições precárias. Diante disso, nós do Esquerda Diário, Movimento Nossa Classe e Juventude Faísca Anticapitalista e Revolucionária, nos somamos a indignação dos trabalhadores do bandejão e também à reivindicação que o Sintusp está fazendo para que a reitoria responda imediatamente essas reivindicações e agindo o quanto antes por meio de uma reunião de negociação com os trabalhadores para atendê-las.

Estamos ao lado desses trabalhadores por um retorno seguro das atividades presenciais na universidade que, por sua vez, utiliza de seu aparato tecnológico para produzir testes, mas é necessário que também haja a testagem periódica e todas as condições seguras para o retorno seguro das aulas e também dos trabalhadores. É fundamental construir uma forte unidade entre estudantes, trabalhadores e docentes para garantir o retorno seguro.




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