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Catástrofe socioambiental | Já são mais de 21 mil mortos pelo terremoto na Turquia e Síria

A busca de sobreviventes nos escombros da Turquia e Síria continua contra o relógio. O terremoto, de 7,8 na escala de Richter, ocorreu na segunda-feira e teve o seu epicentro no sudeste da Turquia. Também foi sentido no Líbano, Chipre e o norte do Iraque.

sexta-feira 10 de fevereiro de 2023 | Edição do dia

Na quarta feira, 8, as equipes de resgate na Turquia e na Síria ainda estavam à procura de sobreviventes do terremoto, de 7,8 na escala Richter, que ocorreu na madrugada de segunda-feira, 6.

Leia mais: O que expõe o terremoto que abalou a Turquia e a Síria?

Segundo os últimos números, o quantidade de mortos do terremoto é superior a 21 mil, com dezenas de milhares de feridos. As equipes de socorro e resgate estão a lutar contra o relógio para encontrar pessoas vivas.

Os primeiros carregamentos de ajuda humanitária da ONU chegaram à Síria na sexta-feira, 10, mas as possibilidades de encontrar pessoas vivas estão diminuindo, visto que o período crucial de três dias, segundo especialistas, se expirou.

O tempo que passou, juntamente com as baixas temperaturas de Inverno na região, tornam os resgates cada vez mais difíceis, como o da jovem turca Melda Adtas, que foi encontrada viva 80 horas após o terremoto.

É o maior terremoto na Turquia desde 1939, quando 33.000 pessoas morreram na província oriental de Erzincan.

Os últimos números provisórios indicam que 21.051 pessoas morreram, 17.674 na Turquia e 3.377 na Síria, mas os especialistas acreditam que o número de mortos ainda deve aumentar significativamente.

As baixas temperaturas agravam a situação tanto para as pessoas possivelmente presas nos escombros, como para os sobreviventes, que não conseguem encontrar camas nos abrigos montados em ginásios ou mesquitas, ou que preferem dormir em carros e tendas em vez de regressarem às suas casas.

Na Turquia, o descontentamento cresce entre a população por causa da resposta do governo frente à catástrofe, que é considerada insuficiente e tardia. O próprio Presidente Recep Tayyip Erdogan reconheceu "debilidades" em sua gestão.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 23 milhões de pessoas foram expostas às consequências do terremoto, "incluindo cinco milhões de pessoas vulneráveis".

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou estado de emergência de três meses em dez províncias afetadas. Ele relatou que 45 países já ofereceram ajuda e assistência, incluindo a Argentina.

Do lado sírio, o terremoto irá agravar ainda mais a crise humanitária após uma década de guerra civil, que incluiu ataques do governo de Bashar al-Assad contra forças da oposição que controlam parte da região afetada, e os bombardeios permanentes das forças turcas contra os curdos no norte da Síria.

A presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric, já se encontra em Alepo na Síria. Ela tweetou: "As comunidades que sofreram anos de luta são agora devastadas pelo terremoto".

A guerra destruiu hospitais e atrapalhou o abastecimento de eletricidade e água na Síria, mas a ONU só pode enviar ajuda para áreas da oposição no noroeste através da passagem de Bab al Hawa na fronteira com a Turquia, uma vez que o governo Assad não a deixa entrar no resto do território sírio.

Esta é uma catástrofe que irá aprofundar o sofrimento dos sírios, que já enfrentam uma grave crise humanitária. Milhões de pessoas já foram forçadas a fugir devido à guerra na região e agora muitas mais serão deslocadas por esta catástrofe.

Tradução do texto original de La Izquierda Diario




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