O procurador geral da República, Augusta Aras, declarou-se contrário à tese do Marco Temporal, a qual vem sendo denunciada pelos diversos povos indígenas que se levantaram contra esse ataque. O julgamento foi novamente adiado.
quinta-feira 2 de setembro de 2021 | Edição do dia
Foto: Gabriel Paiva
O julgamento a respeito da tese do Marco Temporal teve início na última semana, sendo adiado para esta. Após sua continuidade nesta quarta, dia 1º, e hoje, dia 2, onde foram ouvidas 39 sustentações orais, o julgamento foi novamente adiado depois da manifestação da Procuradoria Geral da República e a votação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser retomada na próxima quarta, dia 8.
Augusto Aras, procurador-geral da República, manifestou-se no STF contrariamente à tese do Marco Temporal. Segundo Aras declarou, ele acredita que o direito dos indígenas em relação à terra é “originário” e que cada caso deve ser analisado individualmente.
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O Marco Temporal é um enorme ataque aos direitos dos povos indígenas, que vêm sendo violentados, assassinados e expulsos de suas terras há séculos. Nas últimas semanas, os indígenas ocuparam Brasília e fecharam rodovias, mostrando o caminho e a disposição para a luta contra o governo Bolsonaro, defensor da tese, e o judiciário racista.
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