×

Paralisação dos entregadores | Letícia Parks: "Como em 2020, estaremos nesse 25J na greve com os entregadores contra a precarização”

Marcada para o dia 25 de Janeiro a paralisação dos entregadores já tem adesão em mais de 15 estados, lutando contra a precarização dos trabalhadores que impõe os aplicativos de serviços.

quinta-feira 12 de janeiro de 2023 | Edição do dia

A mobilização dos entregadores se iniciou durante a pandemia que levou centenas de milhares de jovens sem emprego a começar a trabalhar nos aplicativos de entrega, diante do aumento da demanda por conta do isolamento social. As empresas de aplicativos tiveram um boom em seus lucros, enquanto os entregadores não tinham qualquer direito.

Essas paralisações nacionais em meio ao governo Bolsonaro ficaram conhecidas como “breque dos APPs” que questionavam essa forma de trabalho onde as empresas não têm nenhum custo ou obrigações com seus trabalhadores, que precisam arcar com todos os custos para trabalhar, além dos diversos acidentes, muitas vezes fatais.

Sobre a paralisação dos aplicativos no dia 25 de Janeiro, Leticia Parks Quilombo Vermelho e dirigente do MRT, declarou:

“Em 2020 estivemos apoiando com toda força a paralisação dos aplicativos contra a precarização que impõe aplicativos como Ifood, Rappi, Uber entre tantos outros. Trabalhadores que não tem nenhum direito e que muitas vezes trabalham mais de 12 horas por dia para conseguir alguma renda em meio a crise. Ao mesmo tempo é um setor que vem ganhando relevância nacional, afinal quase todo mundo já pediu um delivery em casa, não é mesmo?

Em um momento que assistimos a uma ofensiva golpista bolsonarista, com a invasão do congresso no último domingo, está mais do que claro que só a força da classe trabalhadora organizada pode de fato acabar com os ataques da extrema direita.

Quando anunciada a paralisação, setores que apoiam o novo governo Lula-Alckmin se colocaram contra a greve dos entregadores dizendo que qualquer mobilização agora poderia fortalecer a extrema direita. Ao contrário, o que assistimos no dia 08, mostrou que é a passividade imposta pelas centrais sindicais, com base na conciliação de classes que impõe o PT estando junto com os golpistas de ontem, inclusive em ministérios como José Múcio e Daniela Carneiro envolvida com milícias, é que fortalece a extrema direita e não a luta dos trabalhadores.

Por isso, nós do Esquerda Diário e do MRT, estaremos dando todo o apoio e lutando lado a lado com os trabalhadores. É urgente que as centrais sindicais, como a CUT e a CTB, coloquem todo seus aparatos disponíveis para fortalecer a luta dos entregadores, assim como organizem desde às bases nas categorias que dirigem, apoio ativo dos trabalhadores, e mobilização em cada lugar de trabalho contra a precarização e pela revogação integral das reformas.”




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias