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Posse Lula-Alckmin | Lula convida neoliberal Alckmin para cortejo: medida para simbolizar frente ampla

Gesto do presidente eleito vai de encontro com o caráter de frente ampla para atender os interesses da burguesia no próximo governo.

domingo 1º de janeiro de 2023 | Edição do dia

A primeira imagem de Lula na posse presidencial, que ocorre nesse momento na Praça dos 3 poderes em Brasília, foi do petista quebrando o protocolo acordado e convidando Alckmin e sua esposa Lu Alckmin a participar junto no cortejo do Rolls-Royce até o Congresso.

Alckmin iria num outro carro atrás do Lula, mas esse fez questão que o ex tucano e golpista fosse junto no carro oficial. Trata-se de um gesto simbólico importante que representa o significado do que foi a campanha de Lula e o que será o seu novo governo.

Atendendo também a pressão da grande mídia burguesa, em particular a Rede Globo, Lula começou a cerimônia de posse justamente sinalizando a importância do Governo de Frente ampla, que será baseado na tentativa de estabilização do regime e na normalização das instituições, apoiando-se principalmente no judiciário (um dos principais poderes que articularam o golpe de 2016).

Lula se propõe a cumprir esse papel com sua política de conciliação com setores golpistas com o compromisso de manter os principais ataques históricos feitos contra a classe trabalhadora e o povo pobre como a reforma trabalhista e da previdência. A pacificação pretendida pelo PT reside justamente em estabelecer mais concessões aos setores do bolsonarismo e da direita tradicional presente nas instituições, que significará em novos ataques na agenda econômica e também mais direitos democráticos rifados.

As centrais sindicais e movimentos sociais comparecem a posse, ratificando essa política, organizando uma festa para canalizar o ódio latente a extrema direita no país, após a fuga de Bolsonaro para os Estados Unidos, entretanto sem apontar nenhum plano de luta contr os ataques que já vêm consolidando na transição do Governo articulada por Alckmin.

Nos somamos a todos que se indignaram frente ao governo Bolsonaro, e querem enfrentar as reformas e os ataques a se organizarem de forma independente desse governo, exigindo que a CUT, a CTB e a UNE organizem desde já um plano de lutas que arranque nas ruas, com organização pela base de trabalhadores e estudantes, a revogação integral da reforma trabalhista e de todas as reformas e ataques.




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