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PSOL com PSB | Marcello Pablito: "E agora o PSOL também está com a direita de Alckmin em SP"

Seguindo com a sua política de alianças com a direita, o PSOL aceita a negociação de Juliano Medeiros, presidente do partido, assumir a posição de suplente no cargo do Senado com Márcio França: importante articulador do PSB, privatista e sempre aliado do tucanato em SP, fazendo parte da concretização da chapa Lula-Alckmin. Veja abaixo a declaração de Marcello Pablito do MRT sobre o assunto.

quarta-feira 3 de agosto de 2022 | Edição do dia

“Temos sim que construir uma grande força para derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo, mas sabemos que não será por dentro desse regime que vamos conseguir enterrar essa corja por completo do nosso país, muito menos se aliando com a direita. Se aliar com a direita, assim como o PT faz, é o mesmo que fortalecer essa direita, é governar com ela. Juliano Medeiros fala de uma frente de esquerda contra Bolsonaro, mas na verdade o PSOL está pela construção da Frente Ampla com a direita pela chapa Lula-Alckmin, que tem o apoio de banqueiros, da FIESP e dos grandes empresários capitalistas do país que estiveram na linha de frente do golpe institucional de 2016 e de todos as reformas e ataques contra a nossa classe.

Quando se aliar com um partido que é aliado de longa data do tucanato em SP seria tirar o tucanato de SP? Márcio França é um privatista declarado, apoiador inveterado de uma das polícias que mais mata no mundo, foi vice de Geraldo Alckmin no estado e fez parte de todos os ataques que esse tucano fez contra os trabalhadores e a juventude. Ou o PSOL se esqueceu que quando os professores se levantaram em 2015 e a juventude ocupou as escolas contra os ataques do governo à educação, foi também contra Márcio França que era vice de Alckmin? Também se esqueceram que toda a repressão policial contra trabalhadores e a juventude foram a mando também de Márcio França, que se coloca como o governador mais amigo da polícia militar de SP que mata todos os dias principalmente a juventude negra? Esconder o passado de Alckmin e França não faz deles aliados contra Bolsonaro.

A história já provou que nós trabalhadores, juventude, mulheres, negros, indígenas, LGBTQIA+ só podemos confiar mesmo nas nossas próprias forças. Para tirar de cima de nós essas mãos imundas do Estado capitalista, que nos sufocam e nos obrigam a olhar pra baixo, precisamos nos organizar e buscarmos uma saída com independência de classe e, em meio a toda situação de miséria e ameaças golpistas de Bolsonaro, trazermos essa corja para o nosso ringue que é nas ruas, nas paralisações e nas greves gerais.

O PSOL escolheu outro caminho, mas ainda há aqueles que não aceitam nenhuma aliança com alas da direita, aqueles que seguem lutando para que sejam sim os capitalistas que paguem por essa crise. Por isso mesmo, eu, minha camarada Maíra Machado e tantos outros companheiros do Polo Socialista e Revolucionário estamos colocando toda nossa força pela construção de candidaturas que apontem nessas eleições pela construção da força organizada da nossa classe.”

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