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Metrô de SP | Metrô e patronal deixam terceirizados sem direitos e com 13° atrasados no Natal

Vigilantes terceirizados do Metrô de SP da empresa Kelson e Kelson paralisaram parcialmente suas atividades e realizaram uma manifestação ontem 21/12 em Santo André. Em plena véspera de Natal, a empresa ainda não pagou o 13° salário dos trabalhadores e os direitos VR e VT seguem atrasados. Os trabalhadores terceirizados da bilheteria, da empresa Multiservice, enfrentam o mesmo tipo de calote.

quinta-feira 22 de dezembro de 2022 | Edição do dia

A empresa Kelson e Kelson, contratada há poucos meses pelo Metrô de SP, não pagou o 13° salário, além de não terem pago devidamente os direitos de VT e VR, conforme denúncia feita pelo sindicato dos vigilantes em manifestação em frente à empresa. Situação semelhante passam também os trabalhadores terceirizados da bilheteria, da empresa Multiservice.

Os trabalhadores terceirizados da Kelson, então, iniciaram uma paralisação, e fizeram uma manifestação em frente à empresa, com a presença de representantes do sindicato dos vigilantes. A empresa se comprometeu a pagar o que deve somente no dia 30, realizando uma nova reunião dia 27 para tratar do assunto. Dizendo que os salários e direitos estão atrasados porque o Metrô ainda não realizou o pagamento para a empresa. Por sua vez, o Metrô alega que realizou os pagamentos. O sindicato também orientou os trabalhadores a retornarem às suas atividades.

Enquanto o Metrô e a Kelson jogam a responsabilidade um para o outro, os trabalhadores pagam a conta, ficando sem receber pelo trabalho que já prestaram e passando necessidade em pleno natal. Uma situação absurda resultado da política, que tende a se aprofundar no novo governo Tarcísio, de privatização e terceirização, que precariza o trabalho em prol do lucro dos capitalistas e suas empresas.

Fernanda Peluci, diretora do Sindicato dos Metroviários de SP e militante do Movimento Nossa Classe, compareceu à manifestação em apoio aos trabalhadores:

"Vim prestar todo apoio, até porque nosso sindicato defende a unidade dos efetivos e terceirizados contra a política de privatização e terceirização. Eles jogam a responsabilidade um para o outro, mas a verdade é que tanto a empresa quanto o Metrô são responsáveis. A empresa lucra horrores sobre o trabalho desses trabalhadores, e o Metrô é que tomou a decisão de terceirizar essas atividades, justamente para precarizar o trabalho, e que contratou essa empresa. O mesmo vale para as trabalhadoras terceirizadas da bilheteria, contratadas pela Multiservice. Digo trabalhadoras porque é uma maioria de mulheres negras, mães de família. O que importa é que todos têm o direito de receber, e não no dia 30, e sim imediatamente, e não passar o Natal sem ter sequer dinheiro para a ceia. A Kelson diz para esperarem trabalhando, sem receber sequer o Vale-Transporte, isso é inaceitável! Por isso trouxe a nossa solidariedade à luta dos trabalhadores e estamos à disposição para ajudar em todas as formas de organização de luta. Além disso, defendemos que os trabalhadores terceirizados devem ter os mesmos direitos e salários que os efetivos. E acabar com a terceirização, o que passa pela efetivação de todos os trabalhadores sem necessidade de concurso público".




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