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Candidaturas do MRT | Milhares apoiam candidaturas do MRT por uma luta contra Bolsonaro e as reformas sem aliança com a direita e os patrões

Candidaturas do MRT em 2022 colocaram no centro de suas campanhas a necessidade de fortalecer a luta contra a extrema direita unindo trabalhadores nas ruas, greves e mobilizações, de forma independente dos patrões e da direita, para revogar as reformas antioperárias e para que os capitalistas paguem pela crise.

terça-feira 11 de outubro de 2022 | Edição do dia

Encerrado o primeiro turno das eleições de 2022, com os resultados que causaram perplexidade em milhões de pessoas, já é possível traçar algumas linhas de conclusões e pensar as necessidades da luta contra Bolsonaro e o bolsonarismo.

As candidaturas do MRT pelo Brasil, que se lançaram pelo Polo Socialista e Revolucionário, iniciaram a campanha com centenas de pessoas reunidas nos 4 estados.

Com Marcello Pablito e Maíra Machado em SP

Com Cacau no RJ

Com Valeria Muller no RS

Com Flávia Valle em MG

Foram campanhas que apontaram a urgência de repensar os caminhos e estratégias para combater a extrema direita, agora mais fortalecida e ainda mais intrínseca ao regime político opressor e explorador, como consequência da ineficácia e inutilidade da linha política da conciliação e frente ampla, levada pelo PT e PSOL, com a chapa Lula-Alckmin.

A perspectiva da independência de classe, ou seja, a luta das trabalhadoras e trabalhadores em aliança com os setores oprimidos da sociedade, como os negros, as mulheres e LGBT, sem unidade com burgueses, patrões e a direita liberal foi a grande batalha levada por Marcello Pablito, candidato a deputado federal, Maíra Machado, professora e candidata a deputada estadual, ambos em São Paulo, além de Carolina Cacau que se lançou para deputada estadual no Rio de Janeiro, Valéria Muller candidata a deputada federal no Rio Grande do Sul e Flávia Valle, também professora que concorreu para deputada federal em Minas Gerais.

As candidaturas contaram com apoio de intelectuais como Vladimir Safatle, Ricardo Antunes, Bia Abramides e Plinio de Arruda Sampaio Jr e foi levada adiante com centralidade nos locais de trabalho e estudo.

Foi defendendo com centralidade esse caminho que as campanhas entusiasmaram centenas de trabalhadores e estudantes que militaram ativamente nas campanhas, porque viram como imprescindível uma esquerda revolucionária e socialista, e conquistaram mais de cinco mil votos.

Essa batalha fez uma importante campanha eleitoral em São Paulo, com a professora Maíra Machado para deputada estadual e Marcello Pablito, trabalhador da USP, para deputado federal. Foram várias semanas de uma campanha militante, que contou com estudantes da Unicamp, USP, UFABC, Unifesp e de faculdades privadas, secundaristas e dezenas de professores das redes públicas e da rede particular. Metroviários, bancários e operários fabris e da construção civil de Campinas, além de uma grande batalha feita por trabalhadores efetivos e terceirizados da USP, se ligando a comunidade do entorno da zona oeste. Foram centenas de trabalhadores que compuseram e construíram as candidaturas do MRT, levando aos locais de trabalho a importância de lutar pela revogação integral das reformas, a redução da jornada de trabalho a 30 horas semanas e a efetivação de todas e todos os terceirizados, sem a necessidade de concurso público.

Marcello Pablito, fundador do Quilombo Vermelho recebeu apoio de diversos membros da comunidade haitiana, trabalhadores terceirizados e ativistas do movimento negro, justamente por sua longa atuação na Secretária de Negras e Negros do sindicato dos trabalhadores da USP (SINTUSP) e as contribuições teóricas como no livro A Revolução e o Negro. Na reta final de campanha Marcello Pablito participou de uma conversa noInstagram de Letícia Parks, também reconhecida na vanguarda por sua luta contra o racismo e a opressão e exploração capitalista de negros e mulheres.

Já Maíra Machado, apresentadora de um dos podcasts sobre feminismo mais reconhecidos atualmente, o Feminismo e Marxismo, mobilizou e entusiasmou dezenas de professores de Santo André e região, zona oeste e zona norte de São Paulo, e Campinas. Uma campanha que chegou em diversas escolas estaduais e foi saudada por estudantes e seus familiares. Maira também realizou umalive à convite de Vladimir Safatle para uma conversa sobre o que está em jogo nessas eleições.

A reta final das duas campanhas foi marcada por um forte samba com feijoada, na Casa Operária, localizada no Rio Pequeno, com centenas de estudantes, trabalhadores, com forte presença negra e feminina.

No Rio de Janeiro, a professora Carolina Cacau lançou sua candidatura reunindo com mais de 100 companheiras e companheiros, além de ter recebido apoio de dezenas de estudantes da UERJ, com os militantes da Juventude Faísca à frente, fazendo uma forte campanha militante na universidade, mas que ajudou a chegar também em várias regiões metropolitanas do Rio, como a favela da Maré.

A campanha também recebeu apoios de trabalhadores da companhia de águas do estado (CEDAE), petroleiros e de garis, que retribuíram o apoio dado por Cacau nas lutas que travaram contra a privatização e a precarização dos postos de trabalho.

A campanha foi encerrada com uma forte fala de Carolina Cacau, que agradeceu as várias semanas de uma campanha militante, que buscou unificar estudantes e trabalhadores. Agradeceu também a presença de companheiros de outras organizações do Polo Socialista e Revolucionário presentes na atividade. Além disso, reforçou a necessidade da construção de uma alternativa de independência de classe, que tome como exemplo a juventude que saiu as ruas do RJ para questionar os gastos com a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Você pode ouvir toda a fala aqui:

A trabalhadora da educação e estudante da UFRGS, Valéria Müller também contou com a intervenção da Juventude Faísca, que fortaleceu a candidatura panfletando em diversos pontos da cidade de Porto Alegre, garagens de ônibus e na universidade.

Vale destacar o forte apoio dos rodoviários da Carris à candidatura do MRT no RS. Valéria é figura presente nas ações dessa categoria estratégica e combativa do estado, contra privatização e as demissões. Não por acaso a defesa da revogação de todas as reformas e a redução da jornada de trabalho sem a redução salarial, para criar mais postos de trabalho, foi reivindicado pelas trabalhadoras e trabalhadores, em apoio a campanha.

Valéria agradeceu a campanha e os votos recebidos por ela afirmando que “cada voto que recebi contribuem para fortalecer essa perspectiva de luta contra Bolsonaro e as reformas, unindo os trabalhadores sem aliança com a direita e as patronais”.
Em Minas Gerais foi uma grande força a presença de educadores e professores apoiando Flávia Valle para deputada federal, que atuou com suas atividades paralisadas na linha de frente na greve de março deste ano.

Dezenas de estudantes da UFMG da Juventude Faísca ativamente na campanha eleitoral pela candidatara do MRT em MG e foram um importante fator de ligação com trabalhadores, panfletando em fábricas, Na Refinaria Gabriel Passos em Betim, escolas. Foi essa juventude que esteve em solidariedade à greve dos metalúrgicos da SAE Towers, junto com Flávia.

A campanha recebeu muitos apoios e declaração de voto dos trabalhadores da SAE Towers, com os quais Flávia esteve lado a lado na greve de mais de 30 dias por equiparação salarial e melhores condições de trabalho dos metalúrgicos.

Também foi uma candidatura que se colocou a serviço da luta das trabalhadores e trabalhadoras da enfermagem na luta pelo piso salarial, além da luta contra a privatização do metrô de Belo Horizonte.

Flávia Valle participou de live com Rojú Soares, graduando em Ciências do Estado pela UFMG, militante ecossocialista e comunicador político no projeto Na Raíz, debatendo porque é preciso votar e fortalecer candidaturas socialistas e revolucionárias para enfrentar Bolsonaro e os ataques.

Os resultados eleitorais do primeiro turno e mesmo após o segundo turno, deixa claro que a necessidade de seguir lutando por uma saída política organizada e independente dos trabalhadores segue como tarefa de primeira ordem e o MRT seguirá lado a lado na batalha para derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo, construindo o caminho da independência de classe. Batalhando pela unidade da nossa classe.




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