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Direito das mulheres | Misógino, Bolsonaro ataca mulheres também no orçamento, cortando verba em até 99%

O presidente misógino, Jair Bolsonaro, não só destila sua misoginia em declarações como também ataca as mulheres, cortando no orçamento as ações em benefício feminino.

quarta-feira 5 de outubro de 2022 | Edição do dia

Levantamento da Folha mostrou que dois terços das ações destinadas ao benfício das mulheres sofreram cortes orçamentários na previsão para o ano que vem. Chamado de Orçamento da Mulher, pelo próprio governo Bolsonaro, um conjunto de 79 iniciativas sofreu corte em 47 dessas (ou 63,5%), sendo que em alguns casos a redução de verba chegou ao patamar de 99%, comprometendo sua continuidade. As ações vão desde medidas com foco no combate à desigualdade de gênero até políticas universais que afetam as mulheres de forma distinta.

Não inclusa nessa conta estão ainda as reformas, que atacam principalmente as mulheres, ainda mais as negras, ao criar postos de emprego ainda mais precários, aumentando o fosso salarial entre homens e mulheres, cuja média em 2022 é de 20,5% segundo o IBGE.

Ainda assim, demagogicamente, Bolsonaro vem buscando reverter em sua campanha sua imagem de ódio às mulheres, utilizando sua esposa, Michelle Bolsonaro, como cabo eleitoral. Um discurso que não se sustenta dado os cortes, as reformas e os ataques machistas a jornalistas e outras figuras.

As mulheres são linha de frente do enfrentamento ao governo misógino de Bolsonaro, como mostram as enfermeiras em luta pelo aumento do seu piso salarial. Uma categoria que esteve na vanguarda do combate à pandemia, mostrando que eram as trabalhadoras e trabalhadores os verdadeiros responsáveis pelo enfrentamento ao vírus, enquanto os políticos atacavam o SUS e os patrões não garantiam sequer os EPIs necessários.




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