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Transfobia | Mulher trans sofre agressões físicas em mercado público no Recife. Basta de transfobia!

Uma mulher trans sofreu agressões físicas, nesta quarta (19), no Mercado Público da Encruzilhada, na Zona Norte do Recife. A violência transfóbica aconteceu após ela ter usado o banheiro feminino. As agressões foram confirmadas, por meio de nota, pela prefeitura do Recife.

domingo 23 de outubro de 2022 | 13:02

Este caso inaceitável de violência transfóbica acontece em Recife, se somando a tantos outros, em meio a campanha reacionária do bolsonarismo, que dissemina ódio contra a população LGBTQIA+. Inclusive se tornou alvo de ataques ideológicos eleitorais, através de fake news de Bolsonaro, o tema da utilização de banheiros por parte de pessoas trans.

A campanha reacionária de Bolsonaro alimenta e incentiva as ações da extrema direita, tal como acontece esta semana no Recife. Por outro lado a campanha de Lula-Alckmin vem cedendo espaço para o fundamentalismo religioso, reproduzindo ideologias conservadoras, entrando na cruzada religiosa de Bolsonaro, garantindo que “não irá interferir na agenda de costumes”, além de não tocar em direitos das mulheres como por exemplo, o direito ao aborto.

De acordo com a prefeitura do Recife, de janeiro até abril de 2022, foram registrados 15 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) que tiveram como vítimas integrantes da população LGBTQIA+. No mesmo período de 2021, foram dez ocorrências.

Em relação à violência doméstica e familiar, 291 pessoas da população LGBTQIA+ prestaram queixa em delegacias de Polícia Civil por terem sido vítimas desse tipo de crime nos primeiros quatro meses de 2022.

Casos de estupro foram denunciados por 18 vítimas LGBTQIA+ nos primeiro quadrimestre de 2022, sendo nove pessoas autodeclaradas trans. Nesse período em 2021, 23 pessoas LGBTQIA+ registraram boletim de ocorrência por terem sofrido esse crime, das quais 11 eram trans.

Quanto aos casos de lesão corporal, 184 vítimas procuraram as delegacias de janeiro a abril deste ano, com 51 casos relacionados a pessoas trans. Nos quatro meses do ano passado, o total de vítimas desse crime chegou a 221, e 76 pessoas trans estavam entre elas.

A violência transfóbica e contra a população LGBTQIA+ é inadmissível e precisa ser enfrentada duramente contra a extrema direita e o bolsonarismo que vem se consolidando no atual regime político. Não podemos nos iludir que esta luta poderá ser travada agradando setores da cúpula de pastores da igreja evangélica como vem fazendo a campanha eleitoral de Lula-Alckmin. As centrais sindicais como a CUT e CTB deveriam convocar atos contra casos transfóbicos como esse, para demonstrar a força de luta da classe trabalhadora a transfobia e a extrema-direita. Somente nossa luta organizada nas ruas junto a classe trabalhadora poderá arrancar o direito à vida e aos nossos corpos. Basta de transfobia!




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