Candidato do genocida de extrema-direita Bolsonaro, o racista milionário Ibaneis Rocha venceu as eleições do GDF no 1º turno. É preciso batalhar pela unidade da classe trabalhadora e dos oprimidos na luta para derrotar a extrema-direita e os ataques passados por Bolsonaro e Ibaneis, avançando numa política independente e dos trabalhadores, sem alianças com a direita e os patrões
Rosa Linh Estudante de Ciências Sociais na UnB
domingo 2 de outubro de 2022 | Edição do dia
Ibaneis Rocha é um político burguês racista da pior estirpe. Enriqueceu com seu escritório corrupto de advocacia, foi presidente da OAB-DF, e defendeu um dos assassinos de Galdino Pataxó, queimado vivo na W3, a se tornar membro da PF. Sua fortuna acumulada declarada é de mais de R$600 milhões, sendo dono da mansão mais cara do DF no Lago Sul. Enquanto a população amargurava no desemprego, na fome, com a inflação alta durante a pandemia, a prioridade de Ibaneis foi despejar centenas de famílias de suas casas com truculência da polícia, como na ocupação do CCBB, continuando o legado racista de Brasília de expulsar os setores operários e populares que ergueram os palácios e ministérios da burguesia.
Foi responsável por sucatear o Metrô e jogar a crise sob as costas dos metroviários; privatizar a CEB condenando pais e mães de famílias ao desemprego, apagões quase semanais nas RAs, fazendo retornar o forno à lenha no DF nas casas populares com o empobrecimento da população. Deixou centenas de terceirizadas da saúde sem salário, promoveu o avanço da violência policial racista nas periferias e a repressão à cultura popular. Sem contar com a enorme precarização que promoveu no sistema de assistência social com filas imensas nos CRAS e mortes nas filas. Destinou milhões de subsídios para as máfias do transporte, aumentou a passagem, sucateando o transporte público com um serviço péssimo e sobrecarga de trabalho para os motoristas. Foi um dos grandes beneficiários do Orçamento Secreto, destinando milhões para suas fazendas no Piauí, além dos esquemas corruptos no IGES. Ibaneis é um político burguês reacionário, ele e seus ataques precisam ser combatidos com a força da classe trabalhadora e dos oprimidos organizados.
O resultado dos outros candidatos foi o seguinte: Leandro Grass (PV) - 26%; Paulo Octavio (7%); Coronel Moreno (5%); Leila do Vôlei (PDT) - 4%; Izalci (PSDB) - 4%; Keka Bagno (PSOL) -0,8%; Lucas Salles (DC) - 0,25%; Téo (PCB) - 0,07%; Renan Arruda (PCO); Professor Robson (PSTU) - 0,05%; Renand Arruda (PCO) - 0,02%.
Diante desse resultado, é crucial batalhar por uma perspectiva de unidade da classe trabalhadora, dos movimentos sociais e da juventude, fortalecendo uma luta independente contra a extrema-direita, os militares, Ibaneis e todas as reformas, sem alianças com os patrões e a direita que nos trouxeram até aqui.
Para responder às demandas mais sentidas dos setores operários e populares, precisamos batalhar desde por um programa político que leve à frente medidas como a estatização 100% dos transportes e da CEB sob gestão dos trabalhadores e controle popular; a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, sem redução salarial, para acabar com o desemprego; reajuste salarial automático de acordo com a inflação; reforma urbana e agrária radical com expropriação das grandes empresas imobiliárias; um plano de obras públicas sob controle dos trabalhadores para construir escolas, creches, restaurantes comunitários etc. Essas e outras medidas só serão conquistadas na luta. Por isso é fundamental que as direções dos grandes sindicatos e movimentos sociais, como a CUT e o DCE da UnB, rompam sua paralisia e organizem a luta pela base, independente do resultado do segundo turno, para enfrentar o conjunto dos ataques e a extrema-direita, que seguirá como força social no DF e no país.
