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Petroleiros. | Na eleição ao SINDIPETRO-CAXIAS vote Chapa 2 Reage Petroleiro

A eleição ao Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias acontecerá entre os dias 14 a 20/03. Está em jogo a continuidade de uma gestão burocrática da Federação Única dos Petroleiros (FUP) que não tem se mobilizado em nada contra as privatizações e os múltiplos ataques à categoria, favorecendo assim os planos da empresa e do governo Bolsonaro, ou eleger a chapa 2 da oposição sindical.

Leandro LanfrediRio de Janeiro | @leandrolanfrdi

quinta-feira 10 de março de 2022 | Edição do dia

A Chapa 1 representa a continuidade de décadas da atual gestão do SINDIPETRO-CAXIAS, a continuidade de uma gestão burocrática e conciliadora com os ataques feitos pela empresa e governo. A atual chapa 1 o Sindipetro-Caxias esteve marcada pela notoriamente ausência durante os momentos mais críticos da pandemia, fazendo dessa base sindical um dos únicos lugares em todo o país onde não ocorreram mobilizações de petroleiros que uniam a luta por condições sanitárias seguras e contra as privatizações. A Chapa 1, orientada pela FUP, CUT e PT é um freio à unidade nacional dos petroleiros para se enfrentar com os ataques, trabalhando sistematicamente, como faz a FUP, para isolar as lutas e deixando o governo Bolsonaro, Mourão e militares passarem ataques históricos à categoria.

Os petroleiros enfrentam um dos maiores ataques de sua história, com a privatização generalizada, inclusive de instalações do gás em Caxias, e nada tem sido feito pela atual direção sindical sobre a privatização ali ou no restante do país e em outras subsidiárias. Para abrir caminho à privatização ocorre um radical corte de pessoal, fazendo cada petroleiro ter que fazer jornadas mais extensas, cansativas, e arriscadas, e consequentemente nem mesmo um efetivo mínimo para combate a um eventual incêndio existe em algumas unidades desta base, como o TECAM. Essa situação de falta de pessoal representa um risco não somente para cada petroleiro, mas inclusive para a comunidade de Campos Elíseos no entorno da refinaria, terminal e termoelétrica.

Mas tal como em tudo a atual gestão - marcada por dirigentes que há décadas não trabalham, que nem sabem a cara de sua antiga unidade ou terminal – não há menor mobilização para se enfrentar com a gritante falta de pessoal.

Os petroleiros de Caxias têm alternativa nesta eleição, votando na chapa 2 “Reage Petroleiro”, chapa que reúne diversos trabalhadores da conhecida oposição sindical da região e que tem entre suas lideranças militantes de correntes à esquerda do PT e da FUP, relacionados à FNP. Com a eleição da CHAPA 2 Reage Petroleiro, os trabalhadores de Caxias terão melhores condições de se organizar, garantindo assembleias democráticas para assim se enfrentar com cada ataque que sofrem em suas unidades bem como para se enfrentar com a privatização em todo o país.

O resultado desta eleição poderia significar a continuidade da entrega deste sindicato aos métodos burocráticos da FUP (chapa 1), que está sempre propensa a paralisar ou entregar movimentos, mesmo sem sequer realizar assembleias, como de costume na REDUC e está sempre propensa a confiar no judiciário e negociatas com parlamentares e nunca em desenvolver o protagonismo da categoria, dificultando até mesmo que aconteçam assembleias.

Apoiamos criticamente a chapa 2, resguardando que temos algumas importantes diferenças políticas com parte de seus componentes. Apostamos que sua vitória abriria caminho para debates democráticos na categoria, recuperação de métodos combativos que marcavam Caxias décadas atrás e assim para sua verdadeira mobilização frente a ataques históricos.

Encaramos a eleição sindical e este debate como parte de tirar as lições necessárias sobre como a categoria precisa se organizar para enfrentar o maior ataque na história da empresa.




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