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Desemprego | No Brasil de Bolsonaro, brasileiros levam 1 ano e meio para encontrar outro emprego

Segundo a pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), o tempo médio que o brasileiro leva para sair de um emprego formal e encontrar outro é de um ano e meio. É preciso enfrentar o desemprego com a força de nossa mobilização, por uma jornada de trabalho de 30h sem redução de salário para que todos possam trabalhar.

sexta-feira 21 de outubro de 2022 | Edição do dia

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Segundo uma pesquisa recente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas o tempo que um brasileiro leva para encontrar outro emprego formal depois de ter perdido seu antigo emprego aumentou. O último levantamento, que foi em 2020, indicava que o tempo médio de desemprego era de quinze meses, mas agora passou a ser de dezoito meses.

É chamativo que esse índice tenha subido durante a desastrosa gestão da pandemia de Jair Bolsonaro. A pesquisa também mostra que 86% dos desempregados não têm nenhuma reserva financeira para se manter durante esse período, o que joga milhões de brasileiros para a informalidade, tendo que trabalhar como vendedor ambulante, revendedor de produtos, entregador. O perfil de trabalhadores que fica durante esse período procurando trabalho é bem definido: mulheres jovens, com ensino médio completo, das classes C,D e E.

Essa realidade se aprofundou no último período. Há cerca de 32,5 milhões de trabalhadores informais no Brasil, segundo pesquisa da PNAD Contínua. Desse total, 60% trabalha com bicos, ou seja, com uma renda completamente instável, sem segurança nenhuma de que se terá uma renda durante o mês. O perfil desse trabalhador de bicos é definido como homens jovens, de 14 a 24 anos, com baixa escolaridade.

O trabalho informal não é considerado como desemprego para o IBGE, o que causa uma falsa sensação de que o mundo do trabalho está mais “saudável” ao se analisar puramente os índices de emprego que saem nas pesquisas da PNAD. Essa categoria de trabalho, no entanto, não prevê nenhum direito trabalhista necessariamente, como o FGTS, 13º salário, INSS ou seguro-desemprego.

Bolsonaro e o regime do golpe são responsáveis pelo avanço da precarização do trabalho e das condições de vida da classe trabalhadora. Esse quadro se aprofundou com a reforma trabalhista, que tira direitos e facilita as demissões. Além disso, os tipos de trabalho precários, como o terceirizado, se aprofundaram durante o governo Bolsonaro, por meio do congelamento dos concursos públicos e a contratação de temporários e terceirizados.

Para enfrentar consequentemente esse cenário é necessário no mínimo a revogação de todas as reformas, como a reforma trabalhista e da previdência. Lula já se pronunciou dizendo que não irá revogar essas reformas, já que isso seria ruim para os setores com quem ele se alia, como a FIESP, que pretende continuar aumentando seus lucros em um eventual governo petista, e para isso quer continuar não tendo que pagar direitos trabalhistas. Somente com as nossas forças é possível derrotar essas reformas da direita e da extrema-direita, e para isso é necessário que as centrais sindicais como a CUT e a CTB rompam sua paralisia e convoquem um verdadeiro plano de lutas que possa arrancar o direito à jornada de trabalho de 30h sem redução de salário para que seja possível dividir as horas de trabalho disponíveis entre empregados e desempregados com todos os empregos sendo plenos, ou seja, com todos os direitos.




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