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Urgente | PF encontra minuta para Bolsonaro mudar resultado eleitoral em casa de ex-ministro

A Polícia Federal realizou na última terça uma busca e apreensão na casa de Anderson Torres, secretário da Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, que teve prisão decretada por Alexandre de Moraes após colaboração com as ações golpistas do último domingo. Nessa busca, recolheu um documento que serviria à mudança do resultado eleitoral por Bolsonaro.

quinta-feira 12 de janeiro de 2023 | Edição do dia

A minuta encontrada se trataria de um decreto para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O objetivo do texto, segundo afirmam, seria reverter o resultado eleitoral, contestando a vitória da chapa Lula-Alckmin. O documento teria sido escrito após as eleições e serviria para apurar abuso de poder, suspeição e medidas ilegais adotadas pela presidência do TSE ao longo do processo. Tal medida seria mais uma prova do golpismo de Bolsonaro, que lançou inúmeras suspeitas contra as urnas eletrônicas e contou com a tutela militar do processo, avalizada também pelo TSE.

Bolsonaro, neste momento, encontra-se nos Estados Unidos. Após as ações golpistas reacionárias do dia 8, buscou cinicamente desvincular-se e se internou por um dia em um hospital da Flórida, alegando dores abdominais fruto da facada, sem, no entanto, deixar de postar vídeo com fake news questionando o resultado das eleições em suas redes e depois apagar. Já as ações bolsonaristas da última quarta, com atos convocados em várias capitais do país, foram um completo fracasso.

O grito pela não anistia de Bolsonaro se fortaleceu frente às ações golpistas do último domingo, que precisamos rechaçar com toda força. Lutar pela não anistia dos responsáveis pelo golpismo bolsonarista e contra todo o legado da extrema direita exige responsabilizar não somente Bolsonaro e bolsonaristas envolvidos nas últimas ações. Exige romper o atual pacto do regime pela impunidade das cúpulas militares e policiais que abriram caminho a Bolsonaro desde o golpe institucional de 2016, bem como responsabilizar os atores civis e empresariais, que têm financiado e apoiado o golpismo bolsonarista em nome de seus interesses.

Também não é possível combater o legado desses anos sem a revogação integral de todas as reformas e ataques desde o golpe, que beneficiaram esses atores. Apenas com a luta independente da classe trabalhadora, junto a todos os oprimidos, podemos impedir que o grito de milhares seja canalizado pela frente ampla do governo Lula-Alckmin em aliança com a velha direita e por instituições como o STF, que conduziram o golpe de 2016 e visam a preservar parte desse legado da extrema direita.




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