×

Carnaval no DF | PMDF reprime carnaval no DF, um mês depois de abrir caminho aos bolsonaristas

No primeiro carnaval de rua após a pandemia foram inúmeros os casos de repressão, policiamento ostensivo e declarações reacionárias de setores religiosos no DF. As forças policiais e o Governo do Distrito Federal, de Ibaneis e Celina Leão, que foram coniventes com as manifestações golpistas mostraram como a repressão tem um caráter de classe bem claro, contra os trabalhadores e o povo pobre para intimidar a juventude em especial a juventude negra, periférica e LGBTQIAP+.

terça-feira 21 de fevereiro de 2023 | Edição do dia

O primeiro carnaval pós pandemia no DF foi marcado pelo cercamento dos blocos de rua, revistas, policiamento ostensivo e abordagens racistas, repressão com gás de pimenta reivindicado pela governadora em exercício, Celina Leão do PP, além de inúmeras declarações reacionárias e LGBTfóbicas em um congresso evangélico do qual a governadora também participou.

No sábado (18) a PMDF utilizou gás de pimenta no bloco carnavalesco do Setor Comercial Sul que foi defendido por Celina Leão como “o mais fraco dentro do uso da força, realmente para dispersar". No domingo (19) no Bloco das Montadas, bloco organizado pela comunidade LGBTQIAP+, um dos mais procurados pela juventude e que foi um dos mais cheios do carnaval, a polícia estava ostensivamente caminhando pelo bloco, abordando jovens negros mostrando como o racismo policial é um pilar da PMDF. A polícia ainda acusou os foliões de utilizar gás lacrimogênio no bloco, uma acusação no mínimo duvidosa já que é a PMDF que desde o sábado vinha utilizando o gás para repressão. Essa é a mesma polícia que deixou os bolsonaristas desfilarem no Congresso, a mesma que serve para proteger os políticos, juízes e militares em suas mansões enquanto proíbe o direito à cidade, cultura e lazer para a juventude.

Para a governadora do DF o controle social e a repressão contra uma festa que representa festa e alegria, mas também resistência do povo negro que preserva o samba como uma das raízes dessa resistência, das críticas sociais e políticas, é uma questão de classe e um posicionamento político já que Celina Leão participava durante o carnaval de um congresso evangélico onde o reacionarismo não teve limites.

Durante o congresso evangélico no Pavilhão do Parque da Cidade o pastor americano, David Eldridge, vomitou seu discurso de ódio contra as LGBTQIAP+, dizendo que “homossexuais, lésbicas, transgênero, bissexuais, drags queen e prostitutas tem seu lugar no inferno” e que “o que vai parar sodoma e gomorra de ir para as ruas é a igreja”.

Por isso nós do ED denunciamos cada caso de violência policial nas periferias, nas lutas e no carnaval. Defendemos o fim desse aparelho de repressão e opressão da classe dominante e que apenas serve para proteger os negócios daqueles que em Brasília vivem no bem-estar social as custas do povo trabalhador que amarga, no DF e no país, as custas da crise capitalista.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias