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PRESIDENTE DO SENADO | Pacheco admite possibilidade de voto impresso em 2022, ao agrado de Bolsonaro

Ao agrado do chefe, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal, admitiu nessa segunda-feira que “é perfeitamente possível nós admitirmos” a possibilidade de haver voto impresso já em 2022. Defesa do voto impresso por parte de Bolsonaro tem intenção golpista.

segunda-feira 14 de junho de 2021 | Edição do dia
  • Segundo Estadão, há maioria na comissão especial da Câmara dos Deputados para aprovar o voto impresso ainda em 2022. Bolsonaristas e ciristas (PDT) deram as mãos para tentar impor um sistema que, ao cabo, servirá para o capitão questionar o resultado das urnas caso ele perca, facilitando qualquer tipo de intenção golpista.

O sistema eleitoral brasileiro não é dos mais democráticos do mundo. Além de ser controlado por quem tem mais dinheiro e partidos fisiológicos, estamos vivendo um regime cuja ex-presidente foi derrubada por algumas centenas de deputados e o atual presidente foi eleito em uma eleição para lá de manipulada. STF, militares, mídia e a direita retiraram o principal oponente do pleito de forma antidemocrática e manipularam as eleições de 2018.

Mas o voto impresso de Bolsonaro não quer, evidentemente, democratizar as eleições. Pelo contrário, Bolsonaro quer repetir o feito, fracassado, de Trump, caso perca em 2022. Seu ídolo republicano tentou por todas as vias fraudar as eleições norte-americanas, mas não conseguiu. Quer inflingir mais e mais suspeitas sobre o processo eleitoral para justificar eventuais ações de força.

  •  Saiba mais sobre o assunto: Entenda o que está por trás da polêmica do voto impresso

    Pacheco, do MDB, que foi eleito com o apoio do bolsonarismo, da direita e também do PT, torna-se aliado de Bolsonaro nessa empreitada, junto do PDT de Ciro. É uma macarronada desagradável de siglas aparentemente adversárias, mas o regime do golpe tem disso mesmo, dessa mistureba reacionária onde os trabalhadores são os grandes perdedores. Daí a importância de se combater o conjunto do regime e não só um ator aqui, outro acolá.

  •  Leia mais: A esquerda institucional e a busca de um caminho de subordinação ao PT


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