Após o veto dos ministros do STF ao aumento do piso salarial da enfermagem, hoje 21/09, mais uma vez, as trabalhadoras se colocam na linha de frente para arrancar seu direito a um salário digno, organizando em todo o país atos por sua demanda.
quarta-feira 21 de setembro de 2022 | Edição do dia
O aumento do piso salarial é um direito extremamente democrático que é atacado em momento onde a população amarga na fome com a inflação nas alturas e com desemprego. Os Ministros do STF derrubaram a lei que garantia a o pagamento do piso com a justificativa de estarem “preocupados com os orçamentos dos municípios e estados e como isso poderia desencadear demissões na categoria etc.”, tentam aparecer como responsáveis, mas se de fato se importassem com o desemprego estariam discutindo uma lei contra as demissões, não que os trabalhadores da saúde ganhem menos. Esse ataque absurdo apenas reforça como o STF, que se diz "defensor da democracia”, não está nem aí para os trabalhadores mas sim atuando no interesse dos capitalistas e garantindo o pagamento de seus astronômicos salários (que foram aumentados pelos próprios Ministros a algumas semanas atrás).
Bolsonaro demagogicamente aproveitou a decisão do STF para atacar o judiciário, mas não nos enganemos: Bolsonaro, Mourão, Guedes, nem o legislativo (que só aprovou o piso por conta da organização dos trabalhadores) são aliados de nossa classe. Pelo contrário, estiveram contra o piso durante o tempo todo, inclusive o filho do presidente Flávio Bolsonaro votou contra. Apenas foi sancionar a lei agora devido aos interesses eleitorais. Os profissionais que estiveram na linha de frente da pandemia sabem que Bolsonaro não é seu aliado, sem falar que foi responsável pelo agravamento da pandemia resultando em mais de 700 mil mortes por Covid.
Nós do MRT e Esquerda Diário estivemos presente em algumas mobilizações da categoria em diferentes cidades do país, levando todo apoio aos trabalhadores da enfermagem que se mobilizam hoje numa paralisação nacional. É necessário assembleias em cada local de trabalho para os próprios trabalhadores possam tomar sua luta em mãos, construindo um plano de lutas contra a extrema-direita bolsonarista, as reformas e os ataques.
Pelo pagamento imediato do piso! Só a auto-organização dos trabalhadores empregados e desempregados, aliados aos estudantes, mulheres, negros, indígenas, LGBTQIAP+, PCDs, e todos outros setores oprimidos pode impor às centrais sindicais como a CUT (PT) e a CTB (PCdoB), e as entidades estudantis, como a UNE, o rompimento com sua paralisia eleitoral para eleger Lula e o inimigo dos trabalhadores, Alckmin, que irão levar a frente um programa político para manter os ataques intactos e de administração do capitalismo.
Exigimos o pagamento do piso salarial já! Junto da proibição imediata de quaisquer demissões e a revogação imediata de todas as reformas e privatizações, a começar pela reforma trabalhista. Para responder aos problemas estruturais da saúde é necessário batalhar pela expropriação dos empresários da saúde, pela estatização de todo o sistema de saúde sob controle dos trabalhadores, e não dos governos capitalistas, um SUS 100% estatal!
Todo apoio à luta dos trabalhadores da enfermagem! Para fortalecer a luta dos trabalhadores e um programa operário, conheça as candidaturas do MRT.
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