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"As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz por isso", diz ele no documentário "Francesco".

quarta-feira 21 de outubro de 2020 | Edição do dia

Foto: Reprodução/Bol

Depois de séculos negando todos os direitos às pessoas LGBT, numa cruzada ferrenha homofóbica, o Papa Francisco afirmou num documentário intitulado "Francesco" que estreou hoje (21/10) na Itália, que "precisamos criar é uma lei de união civil. Dessa forma eles são legalmente contemplados. Eu defendi isso".

"As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz por isso", diz ele no documentário "Francesco".

O que o Papa Francisco não diz e nem defende é o casamento pois este é somente entre um homem e uma mulher. Além disso, já deu declarações bastante homofóbicas quando a respeito de crianças homossexuais buscarem atendimento psiquiátrico.

Em 2019 o Vaticano publicou um documento intitulado "O homem e a mulher os criaram: rumo a um caminho de diálogo sobre a questão da teoria do gênero na educação" onde se colocou contrário ao direito à identidade de gênero. Nele o Papa Francisco descreveu o "colonialismo cultural" como a implementação de "teorias de gênero" na educação. Com a publicação deste documento, em pleno "mês do orgulho", os ativistas LGBT alertaram sobre a violência que é nutrida por esse tipo de posicionamento. Em particular, sobre as experiências trans, um dos setores mais vulneráveis ​​e que continuam a ser invisíveis e atacados por uma das religiões mais poderosas do mundo".

Para se desvencilhar das críticas pelos inúmeros casos de pedofilia dentro da Igreja, o papa também já disse que quem passa “a vida acusando, acusando e acusando” a Igreja por seus múltiplos crimes são “amigos, primos ou familiares do diabo”. Quando da oportunidade de ter tido uma mulher para falar e participar de uma das reuniões do alto clero da Igreja, Bergoglio então disse que "convidar uma mulher para falar não é entrar na modalidade de um feminismo eclesiástico, porque no fim das contas todo feminismo termina sendo um machismo de saia".

A Igreja segue sendo um dos pilares para o retrocesso nos direitos mais elementares das pessoas civis. Por isso é necessário levantar como bandeira primordial dos movimentos LGBT a separação da Igreja e do Estado. Igreja e Estado, assuntos separados!




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