Nesta sexta, 29, os bancários do Banco do Brasil paralisaram em diversas regiões do país contra a reestruturação e o desmonte do banco que tem sido promovido por Guedes e Bolsonaro.
sábado 30 de janeiro de 2021 | Edição do dia
Imagem: Sind. dos Bancários de Bauru/SP
Após o anúncio de uma nova reestruração combinada com plano de demissões, os bancários do Banco do Brasil fizeram assembleias em todo o país e aprovaram a paralisação, que ocorreu nesta sexta, 29.
Apesar de todas as dificuldades em meio à pandemia, a paralisação conseguiu ter um alcance nacional e uma importante adesão entre os trabalhadores da rede de atendimento do banco, setor mais impactado com este plano de reestruturação. Plano este que, além de ter como meta a demissão de 5 mil trabalhadores, também prevê o fechamento de mais de 300 unidades de atendimento além de cortes na remuneração dos trabalhadores que estão nos caixas das agências, precarizando ainda mais o atendimento ao público.
A adesão dos bancários do BB à paralisação desta sexta mostrou uma importante disposição de luta dos trabalhadores contra os ataques do governo Bolsonaro e Guedes. Para que essa disposição se transforme em força real, se coloca a necessidade de organizar um plano de lutas em conjunto com os trabalhadores de outros setores estratégicos que estão sendo alvo dos planos privatistas de Guedes e Bolsonaro.
Nesse sentido, é fundamental exigir que as centrais sindicais como a CUT e a CTB rompam com a trégua e façam mais que apenas ladrar enquanto a caravana de ataques passa. Para enfrentar os planos privatistas de Bolsonaro e Guedes, não é uma alternativa para os trabalhadores qualquer acordo ou ilusão nos privatistas do chamado “Centrão”, como tem feito as maiores centrais sindicais do país como a CUT e a CTB. Para criar uma força social capaz de se enfrentar concretamente com o governo Bolsonaro e Mourão é necessário romper as divisões impostas pelas próprias burocracias sindicais e exigir um plano que unifique os trabalhadores das principais estatais, como a Petrobrás e os Correios, por exemplo, que também estão na mira dos ataques privatistas, mas também os trabalhadores da Ford, que divulgou ontem o fechamento de suas fábricas no Brasil, deixando milhares de trabalhadores na rua, na fila de desemprego.