Apesar da convocação dos atos contar com a ajuda da Folha de S. Paulo, Globo, Estadão e uma série de figuras conhecidas, as manifestações foram pequenas. Em todo o país, os atos para ler as cartas da Fiesp, banqueiros e empresários, não reuniram mais do que algumas poucas milhares de pessoas – aprofundando ainda mais a definição de que com banqueiros e empresários não é possível derrotar o bolsonarismo e os ajustes.
quinta-feira 11 de agosto de 2022 | Edição do dia
Sobre o tamanho dos atos, Valéria Muller, candidata a deputada federal pelo MRT no Rio Grande do Sul, disse: “Em Porto Alegre o ato contou com apenas algumas centenas de pessoas que andaram pela UFRGS e caminharam em algumas ruas do centro. Em capitais do Nordeste, como Recife ou Paraíba, não chegaram a mais do que 300 pessoas. Em BH, poucas centenas. Campinas, algumas dezenas. O maior ato foi em São Paulo pela manhã, que contou com poucas milhares, entre eles reacionários do calibre de Armínio Fraga, Neca Setúbal e outros. O da tarde também foi esvaziado com menos de mil pessoas. Os números agravam o que nós do MRT viemos afirmando sobre o caráter desse dia: com a Fiesp, banqueiros, neoliberais, partidos de direita, empresários bilionários, não é possível derrotar o bolsonarismo e seus ataques”.
Como afirmamos em nossa declaração, “essa aliança com aqueles que foram golpistas em 2016, que apoiaram a prisão arbitrária de Lula pelo STF e ajudaram Bolsonaro a chegar ao poder agora serve somente para preservar todas as reformas, privatizações e cortes na educação dos últimos anos.”
Marcello Pablito, candidato a deputado federal em São Paulo, pelo MRT, afirmou: “Pequenos, esses atos são o oposto de uma luta séria contra Bolsonaro e os ajustes. Para nós o caminho para enfrentar Bolsonaro e os ataques é o da luta de classes e de forma independente. Exigimos um plano de lutas para enfrentar o bolsonarismo, as reformas e os ataques à educação, com a força da classe trabalhadora e da juventude, sem a direita, a FIESP e banqueiros. O Conselho Diretor de Base do SINTUSP aprovou um importante posicionamento sobre o combate ao bolsonarismo e a chamada "carta pela democracia". Nós trabalhadores da USP não caimos na demagogia da reitoria da USP de que devemos nos aliar com nossos inimigos.”
– Saiba mais como foi o dia: Leitura das "cartas pela democracia" marca jornada de conciliação com direita, empresários e a FIESP
Maíra Machado, candidata também em São Paulo, nos contou um pouco sobre a história por trás dessa Carta lida hoje, como pode ser visto no fio abaixo
Sabe quem foi Goffredo, redator da carta p/ “democracia” de 77? Foi deputado em 46, coligado c/ o Partido da Representação Popular, do integralista Plínio Salgado. Em 34 estava entre os “galinhas verdes” fascistas, expulsos por trotskistas, anarquistas e sindicalistas na Sé+
— Maíra Machado (@MairaMRT) August 11, 2022
Carolina Cacau, que é candidata no Rio de Janeiro pelo MRT, não poupou a União Nacional dos Estudantes em sua declaração:
No #DiadoEstudante a presidente da UNE no evento da carta, não falou q 17 universidades podem fechar por causa dos cortes. Não é atoa, pra defender a conciliação com empresários, patrões q defenderam reformas e teto de gastos, abandonam a defesa dos estudantes e da educação.
— Carolina Cacau (@carolina__cacau) August 11, 2022
Flávia Valle, que é candidata do MRT em Minas Gerais, fez um vídeo comentando sobre o dia em suas redes, que pode ser visto abaixo: