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Eleições 2022 | Pernambuco é o quarto estado do Nordeste em número de denúncias de assédio eleitoral do Nordeste

De acordo com o MPT, os números de assédio eleitoral na Região crescem diariamente. Na última sexta-feira (21), por exemplo, a quantidade de empresas denunciadas em Pernambuco chegou a 20, passando para 24 na terça-feira seguinte e ontem a soma chegou a 27.

sexta-feira 28 de outubro de 2022 | Edição do dia

Pernambuco é o quarto estado do Nordeste em número de denúncias de assédio eleitoral segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT). De acordo com o MPT, os números na Região crescem diariamente. Na última sexta-feira (21), por exemplo, a quantidade de empresas denunciadas em Pernambuco chegou a 20, passando para 24 na terça-feira seguinte e ontem a soma chegou a 27. E vale ressaltar, a maioria delas localizadas no Recife.

Como já denunciamos no Esquerda Diário a máquina eleitoral de Pernambuco está repleto de práticas de assédio eleitoral. Mas nesta eleição os assédios eleitorais saltaram com a campanha bolsonarista, partindo especialmente das patronais, assediando e coagindo milhares de trabalhadores por todo o país, com também denunciamos aqui. Também estão repletos de casos de votos de cabresto e compra de votos. Em Pernambuco não é diferente.

A patronal bolsonarista mais reacionária já apareceu publicamente pelas redes sociais, desde as eleições de 2018, coagindo e humilhando seus funcionários para fazerem campanha para Bolsonaro. Ainda assim, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se apresenta completamente conivente com esses patrões, que se sentem à vontade para realizar suas chantagens e seus assédios.

Essa prática revela o caráter sujo e corrupto que é a odiosa extrema-direita e sob quais bases ela se sustenta. O bolsonarismo se apoiou durante seus anos de governo nas empresas, na patronal, no agronegócio, nas oligarquias latifundiárias, nas Igrejas, nos militares, ou seja, se sustentou através das frações da burguesia mais conservadoras e reacionárias, não à toa garantiu lucros à esses a partir de um plano de ataques neoliberais ainda mais duros aos trabalhadores e aos setores mais oprimidos como é a reforma da previdência, o aprofundamento da reforma trabalhista, os cortes na educação, e os outros ataques aos direitos democráticos, como o direito ao aborto e ao próprio corpo. Agora, quer restaurar e normalizar o voto de cabresto.

É inadmissível qualquer caso de coerção, humilhação e assédio moral. Inclusive, é uma prática que remonta o típico clientelismo coronelista, principalmente, nas cidades do interior do país. Sendo um ataque frontal aos trabalhadores que infringe, inclusive, as leis trabalhistas e eleitorais, e ataca um direito democrático mínimo que são os direitos políticos e a liberdade de manifestação política.

Nós do Esquerda Diário, nos colocamos na linha de frente para denunciar e combater cada caso de assédio eleitoral e trabalhista. Exigimos das centrais sindicais como a CUT dirigida pelo PT, e aos sindicatos, que não sejam passivos frente a essa situação. Precisamos organizar a luta nas ruas contra Bolsonaro, por nossos direitos e contra os ataques.

Apenas a unidade das categorias da classe trabalhadora com os setores precarizados e oprimidos como a juventude e as mulheres, é que pode levar a frente uma luta consequente à extrema direita que se fortaleceu - como mostram os resultados do primeiro turno - e os ataques da patronal. Porém, a estratégia de conciliação de Lula-Alckmin e o PT nos leva a um beco sem saída, visto que rifam nossos direitos em nome dessas alianças e que jamais conquistaremos algo junto da direita e dos empresários que são os que praticam esse tipo de assédio asqueroso contra nossa classe, e que até agora sustentam Bolsonaro e sua corja reacionária.




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