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Economia | Petrobras tem maior lucro mundial, enquanto a população amarga alta de combustíveis vinda das privatizações

A estatal brasileira reportou US$ 8,6 bilhões no 1º trimestre de 2022; na relação de lucro sobre receita, ficou em 2º lugar. Isto em meio a ameaça de avanços no processo de privatização da maior estatal do país e aos preços exorbitantes dos combustíveis do país que impactam diretamente na vida da classe trabalhadora do país.

segunda-feira 9 de maio de 2022 | Edição do dia

A Petrobras conseguiu converter 31,6% de suas receitas em lucros no 1º trimestre de 2022. A estatal brasileira é a 2ª mais lucrativa entre grandes petroleiras segundo analistas do jornal Poder360. A estatal perde apenas para a chinesa CNOOC, que registrou 37,7% de lucro.

Contudo, a Petrobras tem o maior lucro do ranking: US$ 8,6 bilhões ou R$ 44,6 bilhões, registrados de janeiro a março. Supera grandes petroleiras, como Shell, Chevron, ExxonMobil, TotalEnergies, Equinor e BP.

Mesmo tendo possíveis mudanças nos dados, ainda sim, a Estatal brasileira continua sendo uma das petrolíferas mais lucrativas do país. Este resultado é impacto direto do grande aumento do preço dos combustíveis provocado pela guerra na Ucrânia, que elevou o preço do barril do petróleo a US$140.

Ainda, sob influência do conflito no leste Europeu, algumas companhias anunciaram que sairiam de negócios na Rússia. Em seus relatórios de resultados do 1º trimestre, reconheceram baixas relacionadas à desvalorização de seus ativos no país ou às alienações.

Segundo a estatal, foi o segmento de exploração e produção de petróleo e gás natural que puxou os lucros no período. A área foi responsável por 80% dos R$ 44,6 bilhões reportados. Os outros 20% vieram de outros segmentos, inclusive o de refino.

Esses imensos lucros, que vão diretamente para o bolso dos acionistas e que, ainda tem em seu horizonte um processo de privatização ainda maior da petrolífera, pois ela mostra que, diferentemente do discurso da extrema-direita, a empresa é extremamente lucrativa. Enquanto isso a população vê a alta dos alimentos, influenciada pelo preço dos combustíveis, e a inflação corroendo seu salário, avistando cada vez mais a necessidade de precisar escolher entre comprar o botijão de gás ou comprar comida, os acionistas de empresas como a Petrobrás avistam seus enormes lucros.

Diante dos bilionários lucros da empresa, que vai parte diretamente para capitalistas enquanto ainda visam o restante da empresa, devemos exigir que os custos da inflação não caiam nas costas dos trabalhadores. Por isso precisamos lutar pela imediata redução do preço dos combustíveis através de uma Petrobras que seja 100% estatal gerida pelos trabalhadores com controle popular para que sejamos nós, os trabalhadores e os setores mais afetados pela crise, a decidir as prioridades e não um punhado de capitalistas que só se importam com seus lucros.

Leia também: Efeitos da guerra: a crise dos combustíveis e alimentos no Brasil e a resposta dos trabalhadores




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