Na última terça-feira (06) os professores da PUC-SP foram surpreendidos ao verem que o valor do seu salário havia diminuído em 10%. O corte foi feito pela Fundasp, frente a esse absurdo os professores da universidade vão paralisar nesta terça-feira (13/09).
segunda-feira 12 de setembro de 2022 | Edição do dia
Foto: Reprodução/Instagram/PUC-SP
O corte feito pela Fundasp, fere o Acordo Salarial Interno firmado pela APROPUC, reitoria e Fundasp. O corte de 10%, segundo a fundação, é porque agora vão começar a calcular com base em 4,5 semanas e não mais 5, como acordado desde 1987. Um corte ilegal, unilateral e de ataque aos trabalhadores.
A Fundasp faz demagogia com corte dizendo que a somatória dos cortes seria direcionado para pesquisas. Mas isso não é confirmado e sabemos que os cortes são uma forma apenas de manter os lucros capitalistas. Universidades que lucram com a elitização do espaço universitário, com mensalidades que a classe trabalhadora não pode arcar.
Nas universidades hoje, as pesquisas são voltadas também ao lucro capitalista, não é diferente na PUC, que tem uma das maiores mensalidades entre as universidades pagas. Precisamos que os recursos da universidade sejam voltados para nossa classe, com os filhos da classe trabalhadora podendo adentrar esse espaço. Por isso a importância de lutar pelo fim do vestibular e a estatização de todas as universidades particulares, para que todos possam entrar e permanecer, para que a verba e as pesquisas na universidade sejam voltadas para a classe trabalhadora e não os lucros capitalistas.
Nós do Esquerda Diário achamos um absurdo o ataque feito pela Fundasp, direto ao salários dos trabalhadores. Precisamos nos enfrentar com todos os ataques a nossa classe, para barrar todas as reformas e ataques de forma independente da direita.
