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EDUCAÇÃO | Queda de 31% na assistência estudantil nas federais põe em risco permanência de estudantes

Falta de segurança e infraestrutura, bolsas de assistência estudantil escassas, insegurança alimentar e etc., são algumas das inúmeras dificuldades que os mais de 20 mil estudantes, divididos nas cerca 40 universidades federais do Brasil, que dependem dos alojamentos das instituições vêm enfrentando.

segunda-feira 24 de maio de 2021 | Edição do dia

Foto: Reprodução

Apesar do aumento de 60% das matrículas em 10 anos, o valor para assistência estudantil em 2021 será o menor da década, com uma queda de 31%, em valores reais, em relação a 2015, ano em que foi destinada a maior quantidade de recursos para a pauta. Naquele ano, foram utilizados R$ 1,25 bilhão, contra apenas R$ 865 milhões em 2021.

A maior universidade federal do Brasil, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), teve uma queda no seu orçamento de R$ 773 milhões em 2012 para R$ 299 milhões em 2021. De bolsas de assistência estudantil, caiu progressivamente de R$ 58 milhões, em 2019, para R$ 42 milhões, em 2021, com uma série de novos desafios causados pela pandemia e o aumento da pauperização da vida.

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Além disso, por conta da pandemia de Covid-19, restaurantes universitários - comumente conhecidos como bandejões - foram fechados. Na UFRJ, alunos podem ir buscar a comida oara retirada. Na Universidade de Brasília (UnB), as marmitas são entregues aos que ficaram na Casa do Estudante Universitário (CEU). Em fevereiro, estudantes contam que passaram mal algumas vezes após se alimentarem.

Relatam terem encontrado plástico, insetos, larvas, alumínio e cabelo nas quentinhas.

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Na UnB, desde 2019, o orçamento para assistência estudantil caiu de R$ 36 milhões para R$ 30 milhões este ano.

Tal situação se dá em meio ao risco de dezenas de universidades federais correrem o risco de fechar por conta do corte orçamentário do Governo Federal. No entanto, todos esses ataques mais profundos às universidades são fruto de um regime do golpe degradado que tem como objetivo descarregar a crise nas costas da classe trabalhadora e da juventude de conjunto, enquanto preserva a fraudulenta dívida pública e, com isso, enriquece mais ainda os banqueiros.

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