Quem é o ex-governador do Ceará que bateu em professoras(es) e aprovou a reforma da previdência estadual com forte repressão policial contra os trabalhadores? Camilo Santana, senador do PT pelo Ceará é indicado nesta segunda-feira como Ministro da Educação por Lula.
terça-feira 20 de dezembro de 2022 | Edição do dia
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Camilo Santana começou sua vida pública ocupando o cargo de superintendência adjunta do IBAMA no Ceará entre 2003 e 2004, depois entre 2007 e 2010 trabalhou para o governador Cid Gomes (então do PSB hoje PDT) na secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará. Essa trajetória ligada a oligarquia dos Ferreira Gomes no Ceará o levou a Deputado Federal em 2010 cargo que ocupou durante dois anos para depois assumir a secretaria das cidades de Cid Gomes.
Camilo Santana foi eleito governador do Ceará em 2014 e reeleito em 2018. Governou ao gosto da direita, com repressão à movimentos sociais e familiares de presos, afrouxando leis que protegem áreas de proteção ambiental, se colocando diretamente contra os atos antifascistas e antirracistas que tomaram o país na onda do Black Lives Matter e contra toda perspectiva de luta contra Bolsonaro que não fosse no cenário eleitoral.
Em 2020, se gabou do alto investimento no aparato repressivo do Ceará meses após um motim policial no estado, da mesma polícia que Camilo usou para reprimir professoras e servidores públicos que protestavam contra a sua reforma da previdência estadual. O mesmo PT que com seus parlamentares gritava contra a reforma da previdência de Bolsonaro, no executivo levou à frente, com repressão, esta famigerada reforma contra a classe trabalhadora nos estados onde governava.
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Neste ano de 2022, Camilo foi eleito senador pelo estado do Ceará e hoje acaba de ser indicado por Lula para assumir o Ministério da Educação no próximo governo. O que esperar de quem já mandou a polícia bater em professores e estudantes para aprovar uma reforma da previdência estadual? Este é Camilo Santana, que não tem nada a ver com a sala de aula e contra quem professores, estudantes e trabalhadores da educação terão que se unir para batalhar contra os interesses dos tubarões da educação, que dominaram a pasta durante a transição e certamente encontrarão as portas do novo ministério abertas, pela revogação da Reforma do Ensino Médio e a reversão de todos os cortes.
