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Universidades | Reajuste já das bolsas de pesquisa e de toda a permanência estudantil de acordo com a inflação!

Pela recomposição do orçamento da educação e de todas as bolsas retiradas. Lutar por permanência plena e radicalização do acesso: fim do teto de gastos e não ao pagamento da dívida pública!

Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria

quarta-feira 15 de fevereiro de 2023 | Edição do dia

Neste mês novamente as bolsas CNPQ atrasaram, após promessas de Lula de aumento das bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado, que não passam por reajuste há 10 anos.

Es bolsistas sofrem brutal precarização, com exigência de dedicação exclusiva vivem sob forte cobrança e produtivismo extremo na pós-graduação, enquanto na graduação significam a dedicação de horas e horas de trabalho, quase como um estágio, enquanto precisam sobreviver com uma remuneração pífia.

Segundo a ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos) as bolsas de mestrado e doutorado da Capes e CNPq, se tivessem um reajuste de acordo com a inflação desde seu último aumento em 2013, deveriam ter um aumento de 67,97%.

Quando criadas em 1995, as bolsas de mestrado eram de 724 reais, cerca de 7 salários mínimos à época. Em 2022, pagando em torno de 1500 reais, elas equivalem a 1,2 salário mínimo. Uma perda de 75% do seu poder de compra, de acordo com a ANPG. Dos únicos quatro ajustes que essas bolsas tiveram desde sua criação, todos foram abaixo da inflação.

As promessas são muitas do governo sobre as bolsas de pesquisa, particularmente da CAPES e da CNPQ. Defendemos seu reajuste imediato de acordo com a inflação, assim como cada uma das bolsas de permanência hoje existentes dentro das universidades, como de apoio técnico, pesquisa e extensão, que nas universidades federais tem o valor de R$ 400 a R$ 600. É urgente também a construção de restaurantes universitários e residências, sem trabalho precário!

As IFEs só existem pelo trabalho terceirizado majoritariamente de mulheres negras que garantem seu funcionamento, limpeza e manutenção, enquanto a imensa maioria dos filhos da classe trabalhadora não tem acesso à universidade.
Não aceitamos a terceirização que escraviza, humilha e divide, por isso defendemos a efetivação de todos os terceirizados sem necessidade de concurso público!
Lutamos por uma universidade à serviço da classe trabalhadora e do povo pobre!

Os cortes no orçamento da educação desde 2014 precarizaram estruturalmente as nossas universidades e escolas, situação agravada pela Lei do Teto de Gastos e pela reforma do ensino médio, que significa a precarização do ensino e também das condições de trabalho dos professores, além de um ataque ideológico ao pensamento crítico. Nesse cenário, o governo Bolsonaro acelerou o desmonte das universidades públicas com sua política obscurantista e pró-privatização. É essencial batalhar pela recomposição integral de todos os cortes efetuados na educação e pelo retorno de todas as bolsas retiradas. Da educação básica ao ensino superior, querem a juventude trabalhadora sem direito ao estudo, como mão de obra barata. Não aceitamos!

É preciso lutar para combater esse legado de precarização e elitização e a UNE, dirigida pelo PT e PCdoB, deveria servir pra organizar os estudantes, mas já vem de anos de paralisia e estratégia institucional, chegando ao ponto de agora ser parte do governo Lula-Alckmin, empossando Camilo Santana no MEC, defensor de aperfeiçoar a Reforma do Ensino Médio e do tempo integral, com histórico de repressão aos professores e movimentos sociais no Ceará.
Pela revogação imediata da reforma trabalhista, da previdência e da reforma do ensino médio!

O governo já deixou claro qual a importância dada para os grandes tubarões do ensino privado, que fizeram crescer seu monopólio justamente nos governos do PT, e já demonstrou que não irá revogar a reforma do ensino médio. Para conquistar o reajuste das bolsas de acordo com a inflação, precisamos confiar na força da nossa mobilização. Para isso, é preciso um movimento estudantil independente dos governos, das reitorias e dos patrões, diferente do caminho trilhado pela UNE (PT e PCdoB) que se vende para empresas bilionárias como a Magazine Luiza que superexplora a juventude, mulheres, negros e LGBTs, como ficou demonstrado no Patrocínio da Bienal

A luta pela educação não pode avançar em aliança com seus inimigos! Organização pela base para retomar a UNE e impor que nossas entidades estudantis tenham independência política e fomentem a auto-organização em unidade com os trabalhadores!

As universidades concentram conhecimento, ideias e criatividade, com intervenção das empresas privadas para sequestrar o conhecimento que deveria ser de todes!
As Reitorias e Conselhos Universitários atuam para manter a universidade restrita para poucos enquanto aumentam o espaço para projetos que beneficiam a iniciativa privada. Por que os Reitores e pró-reitorespró reitores recebem salários exorbitantes enquanto as terceirizadas passam fome? Por que não existem vagas pra todes?
As universidades estão inseridas no sistema capitalista e questioná-las precisa abrir o questionamento de toda sociedade.




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