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VACINAÇÃO | Ritmo de vacinação cai 17% em maio com risco de apagão de vacinas

Em maio, o ritmo da vacinação contra Covid-19 caiu 17% em comparação com abril devido a falta de insumo para a produção das vacinas decorrente de atrasos.

quinta-feira 20 de maio de 2021 | Edição do dia

Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

Nesse mês até o dia 18, segundo o consórcio de imprensa, foram vacinados em média 681 mil pessoas por dia. Isso representa uma queda de 17% em relação ao mês de abril que registrou uma média de 822 mil pessoas vacinadas por dia.

Essa queda tem relação direta com os atrasos na entrega Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), insumos necessários para a produção da vacina. Tanto o Butantan, quanto a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produzem no Brasil, respectivamente, a Corovac e a AstraZeneca, anunciaram nesse mês a suspensa da produção devido a falta desses insumos.

No momento que é essencial o aumento na produção de vacinas, em que milhões de trabalhadores não têm esse direito garantido, correndo riscos de serem contaminados, a perspectiva do governo é de que haja uma diminuição ainda maior na produção com risco até de apagão de vacinas, quando não teria disponível doses para a vacinação. Nesse caso, faltará vacinas para a segunda dose de até 5 milhões de pessoas.

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Isso ocorre devido ao atraso, mas também devido ao governo Bolsonaro que recusou pelo menos 11 vezes ofertas de vacinas. Além disso, a falta de vacina, que impede que todos sejam vacinados, tem responsabilidade direta das empresas farmacêuticas, que monopolizam a produção de vacinas por meio de suas patentes, preocupados somente com seus lucros.

Com isso, a vacinação ocorre em ritmo muito lento e desacelerado, culpa do governo negacionista de Bolsonaro, Mourão e Militares, que não tem nenhuma preocupação em garantir a vacinação, do regime golpista, do congresso e STF, responsáveis direto pelos ataques a classe trabalhadora que deixa milhões em situação de desespero na pandemia, e, por fim, devido a concentração da vacinação pelas grandes farmacêuticas, que impedem uma produção em massa, preocupados somente com seus lucros.

Somente a classe trabalhadora unida e mobilizada é capaz de lutar pela vacinação em massa da população. É preciso que as centrais sindicais rompam com sua paralisia, para exigir a quebra das patentes sem indenização, para que seja possível a vacinação para todos.

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