Na manhã desta quinta-feira (19) rodoviários de diversas categorias de Porto Alegre realizaram ato contra a privatização da Carris. Nesta semana, a privatização da Carris foi aprovada na Comissão de Constitucionalidade e Justiça (CCJ), assim, o processo de privatização está avançando na câmara. Ainda hoje, às 19 horas, a câmara municipal de Porto Alegre realizará uma audiência pública onde terá como tema a extinção dos cobradores.
quinta-feira 19 de agosto de 2021 | Edição do dia
Desta forma, os trabalhadores estão denunciando a traição do sindicato que, hoje, no dia do ato, realizou um acordo, com a prefeitura, empresários e as polícias pelas costas dos trabalhadores, que não permitiram que os trabalhadores realizassem a marcha nos corredores de ônibus, onde os trabalhadores haviam acordado de realizá-la, sobre ameaças de repressão caso o realizasse. Essa é parte da política do sindicato de virar as costas para as necessidades da categoria.
Além da impossibilidade de marcharem pelos corredores, o sindicato acordou com a prefeitura que fosse realizada a marcha apenas entre a rodoviária e a prefeitura levando os trabalhadores de ônibus até o primeiro ponto. Os trabalhadores que participam do protesto se negam a aceitar tal pedido e se encaminham em marcha à rodoviária, recebendo apoio da população, de outros rodoviários em serviço e de outras categorias como dos trabalhadores do Trensurb. Neste momento os manifestantes se encontram em frente a Prefeitura de Porto Alegre
Estes ataques que sofrem os trabalhadores rodoviários vêm de conjunto com as demais retiradas de direitos que ocorrem nacionalmente impostas pelas medidas do governo Bolsonaro. O processo de privatização de uma das mais históricas empresas públicas de transportes mostra que o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo está alinhado com as políticas de morte de Bolsonaro e Guedes.
