Sem leitos de UTI disponíveis e sem acesso a tratamentos específicos, parentes de infectados pela Covid-19 recorreram a hospitais particulares e a terapias específicas, contraindo dívidas milionárias.
quarta-feira 2 de junho de 2021 | Edição do dia
Foto: Michael Dantas/AFP
Com a lotação das UTI’s e ausência de aparelhos de tratamento de infectados pela Covid as famílias optam por vias privadas, contraindo dívidas milhonárias para sobrevivência dos parentes. O tratamento com ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea), por exemplo, tem sido utilizado em casos graves de Covid-19, onde o pulmão do paciente se torna incapaz de absorver o oxigênio.
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Embora o aparelho seja essencial para tratamento em casos de comprometimento do pulmão, Segundo a Sociedade Internacional Extracorporeal Life Support Organization (Elso), responsável por interligar os centros que oferecem a terapia, existem apenas 29 centros registrados no Brasil.
Vários hospitais privados exigem pagamento prévio para reserva de vaga para internação, como no Hospital Oswaldo Cruz e no Hospital Israelita Albert Einstein, onde as famílias tem que pagar entre R$100 mil a R$200 mil reais para reserva. Como foi o caso das famílias Hilgemberg e Santos em São Paulo, entrevistadas pelo G1, que hoje possuem dividas milionárias com os hospitais. Os números de reclamações e de aquisição de dívidas vem crescendo desde março de 2020, segundo o Relatório Covid-19, divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
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