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MINISTÉRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA | Sérgio Etchgoyen, general do Exército e filho de torturadores, é outro cogitado para novo ministério

Na tentativa de emplacar uma "agenda positiva", Temer elegeu a área de segurança pública como sua nova prioridade, para isso criará um novo ministério destinado a área. Para o comando da pasta por enquanto são cotados os seguinte nomes: Luiz Antônio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo que autorizou o massacre do Carandiru; e o general Sérgio Etchegoyen, filho de Leo Guedes Etchegoyen um dos mais duros torturadores da ditadura militar.

sexta-feira 16 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

A ideia é concentrar as polícias neste novo ministério e deixar o Ministério da Justiça com menos atribuições, entre as que se mantêm estão o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Fundação Nacional do Índio (Funai). Ao que tudo indica esta mudança tem em vista repensar as polícias, e ao julgar pelos nomes mencionados até então para comandar o ministério, o objetivo é torná-las mais repressivas.

O primeiro nome cogitado é Luiz Antônio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo que autorizou o massacre do Carandiru.

Para saber mais: Temer cogita ex-governador que autorizou o massacre do Carandiru para novo ministério

O outro nome cogitado, do general Sérgio Etchegoyen, não fica nada atrás de Fleury em termos de reacionarismo. Até então atuava como chefe do Estado-Maior do Exército brasileiro, filho de Leo Guedes Etchegoyen um dos mais duros torturadores da ditadura militar, que perseguiu e prendeu os sindicalistas nos anos 1980 e sequestrou diversos membros de movimentos de Direitos Humanos. De uma linhagem de golpistas e torturadores, Sérgio Etchegoyen é figura carimbada em Israel, e recentemente proferiu palestras junto ao presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul, sobre temas militares. Trata-se de um representante da ala mais dura do exército, que em nada deve a poeiras de humanidade do quilate do general Brilhante Ulstra, e sua nomeação é uma declaração de que o governo Temer será extremamente repressor, como não poderia deixar de ser para um golpista.

Pelo calibre dos nomes cogitados por Temer é possível antecipar quais as pretensões do governo com o novo ministério, assim como pela nomeação de um general como interventor para a área de segurança do estado do Rio de Janeiro, as intenções do governo são fazer um aceno à opinião pública de sua preocupação com o combate à violência, enquanto na verdade militarizam e entregam a segurança para os setores mais reacionários e linha dura. O velho discurso funcional da manutenção da ordem para o aumento a repressão.




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