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SINAIS DA CRISE | Redução na arrecadação de impostos em agosto e dólar em alta nesta sexta-feira

sábado 19 de setembro de 2015 | 00:00

A crise econômica que retraiu o nível de atividade econômica, está levando a queda sucessivas na arrecadação de impostos pelo governo pelo quinto mês seguido. Dados divulgados pelo órgão mostram que o recolhimento de impostos e contribuições federais somou R$ 93,738 bilhões em agosto, uma queda real de 9,32% na comparação com o mesmo mês de 2014. Foi o pior desempenho para meses de agosto desde 2010.

De janeiro a agosto, período de Joaquim Levy à frente do Ministério da Fazenda, a arrecadação federal somou R$ 805,814 bilhões, um recuo real de 3,68% e nominal 4,41% na comparação com o mesmo período do ano passado. O valor é o menor para o período desde 2010.

A arrecadação de tributos ligados à produção e à lucratividade das empresas registrou queda expressiva em agosto. O recolhimento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) teve queda real de 38,47% em relação ao mesmo período de 2014, de R$ 5,54 bilhões em agosto do último ano para R$ 3,4 bilhões no mês passado. Esta queda está relação a queda na produção industrial, resultado do menor consumo dos brasileiros por produtos industrializados e pela redução nas exportações.

Diante da crise: mais impostos para os trabalhadores

O governo anunciou corte de R$ 26 bilhões nas despesas na semana passada, adiou reajustes a servidores públicos, elevou vários impostos e propôs a volta da CPMF por quatro anos com alíquota de 0,2%. Sob a justificativa de que o novo imposto do cheque ajudará a cobrir o rombo da Previdência com mais R$ 32 bilhões da CPMF, o governo enviou uma proposta de emenda à Constituição (PEC), que exige três quintos dos votos em dois turnos na Câmara e no Senado. Como denunciamos no Esquerda Diário, o aumento da CPMF “imposto que recai para todos os brasileiros” irá recair mais no bolso dos trabalhadores, que irão seus salários mais desvalorizados com o aumento dos preços devido ao repasse dos custos do impostos pelos empresários.

As medidas de ajuste tem o objetivo de reverter um déficit de R$ 30,5 bilhões no Orçamento de 2016 e assim garantir o pagamento dos juros da dívida pública aos banqueiros, mas para isso, Dilma e o PT precisam atacar os direitos sociais.

Continua a alta do dólar

Na tarde de ontem, 18, a moeda americana atingiu o maior valor desde 10 de outubro de 2002, quando a moeda foi cotada a R$ 3,9900. A procura por dólares, que faz o preço da moeda subir, foi grande nesta sexta-feira, como maiores rumores de instalibilidade política e novos sinais da crise econômica com os dados da queda na emprego industrial e na arrecadação de impostos.

Houve nova onda de busca por dólares após a divulgação de uma pesquisa do Bank of America Merrill Lynch (Bofa). O levantamento, feito com capitalistas internacionais que aplicam em países como o Brasil, mostrou que 90% deles acreditam que o Brasil perderá o grau de investimento de pelo menos duas agências de classificação de risco. O Brasil já perdeu a nota de “bom pagador” da dívida pública pelo Banco Standard&Poor´s dos EUA, como mais uma pressão do capital estrangeiro para o governo e a burguesia no Brasil aumentarem o pacote de ajuste fiscal contra os trabalhadores para garantir os lucros de seus investimentos.

AGÊNCIA ESTADO/ ESQUERDA DIÁRIO.




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