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Salário atrasado | Sultextil, em Caxias do Sul, caloteia trabalhadores e ameaça demissão em massa

Trabalhadores da fábrica da Sultextil, em Caxias do Sul, denunciam situação da empresa que não pagou 13°, férias e não deposita o FGTS dos trabalhadores há meses. Contra o calote da empresa e a ameaça de fechamento e demissões, os operários e operárias da Sultextil marcaram um protesto às 16h no centro de Caxias do Sul.

quarta-feira 21 de dezembro de 2022 | Edição do dia

O Esquerda Diário recebeu de “M”, militante do POR e ex-trabalhadora da Sultextil, a seguinte denúncia da dramática situação dos trabalhadores e trabalhadoras da empresa:

"Na última semana de novembro os operários da Sultextil receberam a notícia de que receberiam apenas um valor simbólico de cem reais referente ao décimo terceiro. No dia 29 realizaram uma paralisação na fábrica exigindo explicação do patrão e tiveram como resposta que não havia dinheiro para pagá-los, mas que até o dia 20 de dezembro seria colocado em dia o décimo terceiro.

As férias coletivas estavam previstas para iniciar no dia 22 de dezembro e todos aguardavam o pagamento do décimo e das férias, mas chegado o dia 20, foram avisados de que não receberiam nada e que tudo só iria ser pago mais adiante. Diante de tal ataque aos direitos trabalhistas, os funcionários da empresa decidiram por paralisar as atividades no dia 21, último dia antes das férias, mas a empresa descobriu e adiantou as férias para o dia 20 anunciando que ninguém deveria ir trabalhar no dia seguinte, para evitar a organização dos operários e a luta pelos seus direitos. Assim, operários do primeiro turno se reuniram na frente da empresa na noite do dia 20, junto aos operários do segundo turno.

Para defender a empresa, apareceu um funcionário do RH, que apenas deu as mesmas desculpas de sempre, de que não há dinheiro, que a empresa está a venda e que seria feito um empréstimo no banco para pagar a todos. Mas todos sabem a verdade, a empresa está falida, pretende fechar suas portas durante as férias coletivas e dar o calote em todos os trabalhadores. Além disso, desde abril deste ano não é depositado o FGTS, mesmo sendo descontado da folha mensalmente.

Abandonados pelo sindicato, que se mostrou mais fiel ao patrão do que aos trabalhadores que deveria representar, e sem outra alternativa, um protesto para quinta-feira, dia 22 de dezembro, está sendo organizado, e a concentração será as 16h na Praça Dante, de onde sairá em marcha às 17h até a Loja da Sultextil, no centro da cidade, para expor a situação em que a empresa deixou seus funcionários.

É indispensável o apoio e suporte de todos os movimentos sindicais, sociais, organizações e partidos que se reivindicam dos trabalhadores para que os operários da Sultextil não fiquem isolados nessa luta. Acreditamos que a única forma de sairmos vitoriosos é a unidade da nossa classe!"

O Esquerda Diário e o Movimento Revolucionário de Trabalhadores se coloca à disposição dos operários e operárias da Sultextil em sua luta contra estes ataques da patronal, por seus direitos e seus empregos. Não são os trabalhadores que devem pagar a conta da crise dos patrões!




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