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Nefasto! | Supermercados se aproveitam das chuvas em SP para lucrar mais: Água por R$ 93, macarrão a R$ 20 e café por R$ 30

Circulam na internet vídeos de moradores de algumas localidades do litoral norte de SP denunciando o absurdo aumento dos preços nos supermercados da região. Enquanto se contabilizam mais de 46 mortos, quase 2.000 pessoas desalojadas, além de bairros inteiros inundados no litoral norte de São Paulo.

quarta-feira 22 de fevereiro de 2023 | Edição do dia

A população enfrenta esses abusivos aumentos de preço enquanto deveriam estar se implementando um forte plano de emergência para atender todas as necessidades dos afetados pelas chuvas. A responsabilidade é dos governos que há anos promovem essa situação, no qual o reacionário Tarcisio de Freitas agora está à frente, bem como do Estado de conjunto, que permite que essa barbárie siga.

Como medida emergencial, toda a população afetada pelos deslizamentos deveria ter acesso a itens básicos e alimentação de forma gratuita e fornecida pelo Estado. Isso seria o mínimo. E também como medida emergencial, diante dessa situação de catástrofe deveria haver congelamento dos preços nos supermercados para garantir que a população da região de conjunto não seja afetada pela situação. É um absurdo que grandes tubarões do atacado e do varejo lucram com a desgraça alheia - os grandes acionistas desses supermercados que estão lucrando com a tragédia deveriam ter seus bens confiscados e colocados a disposição das medidas de enfrentamento aos deslizamentos e de apoio aos afetados.

Todos os anos os litorais do sudeste brasileiro são castigados pelas chuvas. Todos os anos vemos famílias perdendo suas casas, dezenas de vidas sendo ceifadas pelo soterramento e pelo descaso. Naturaliza-se o inaceitável culpando o volume das chuvas, quando na realidade a classe trabalhadora, a juventude, os setores oprimidos e o povo pobre sofrem o descaso e o sucateamento urbano dos governos capitalistas. É preciso dar um basta nesse ciclo de irracionalidade que afeta principalmente a população mais pobre. Esse é mais um triste capítulo da barbárie capitalista que assola nossas cidades litorâneas há décadas.

Leia mais sobre:Dezenas de mortos e centenas de desabrigados: irracionalidade capitalista faz vítimas no litoral paulista

É urgente um Plano de Emergência para conter e socorrer essa população que está sujeita a absurdas medidas do “mercado” como a venda de garrafas de água a quase cem reais nos locais mais atingidos pela chuva. É necessário um plano de emergência que inverta as prioridades, exigindo que os governos liberem todos os subsídios para a contenção da crise. Um plano de emergência sério deve abarcar a transferência das famílias desabrigadas, desalojadas ou em área de risco para locais seguros como hotéis e moradias desocupadas, assim como a abertura de restaurantes públicos para garantir a alimentação da população. Só a expropriação das moradias desocupadas pode garantir abrigo para que a população pobre profundamente afetadas pelas enchentes, perdendo tudo, possam ser abrigadas. Assim como esse plano de emergência contém a dimensão do socorro, com a formação de brigadas que mobilizem recursos para gerar abrigo e alimento às famílias.

É necessário que a gestão deste plano seja de trabalhadores e de controle popular, junto aos trabalhadores da construção civil e saneamento, aos sindicatos, entidades estudantis e movimentos sociais. A única estratégia capaz de arrancar uma saída efetiva para essa contínua crise é a unificação dos trabalhadores e setores oprimidos, com os estudantes e o povo pobre, para que assim nossa a classe tome em suas mãos a gestão dessa saída junto à população. Cabe aos sindicatos, bem como as centrais sindicais e estudantis, como CUT, CTB e UNE (dirigidas por PT e PCdoB), que saiam de sua paralisia e organizem essa luta desde as bases para arrancar medidas emergenciais do reacionário bolsonarista Tarcísio de Freitas.




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