Nesta manhã (31/01), mais de 300 trabalhadores da manutenção da REFAP se reuniram na Avenida Antônio Frederico Ozanam (Canoas/RS) para um segundo dia de ato, seguido de uma assembleia, que acabou aprovando a continuidade da mobilização.
Redação Rio Grande do SulRedação Rio Grande do Sul
terça-feira 31 de janeiro | Edição do dia
Foram centenas de trabalhadores terceirizados da Petrobrás que decidiram cruzar os braços pelo segundo dia consecutivo na manhã desta terça-feira (31). Começaram o dia trancando uma das principais vias de acesso à refinaria, durante a realização de uma assembleia para decidir os próximos passos da mobilização, decretando estado de greve.
Esses trabalhadores da REFAP (Refinaria Alberto Pacoaline - Canoas) atualmente recebem 30% menos que as outras refinarias da Petrobrás. Ao mesmo tempo, a Petrobrás paga às empresas terceirizadas o valor integral pago para as suas refinarias, e as empresas terceirizadas parasitas capturam parte desse recurso para seus bolsos. Os trabalhadores da REFAP reivindicam demandas básicas como a equiparação dos vencimentos mensais, ajuda de custos, reembolso do vale-transporte, vale-refeição e participação nos lucros e resultados da empresa.
Enquanto os acionistas internacionais da Petrobrás batem recordes de lucro, esse enorme contingente de trabalhadores tem seus direitos mais básicos negados. São esses mesmos trabalhadores que movem a gigante brasileira todos os dias e hoje dão um grande exemplo de que somente pelos métodos históricos da classe trabalhadora, com greves e tracando ruas.
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Recentemente, Lula articulou com a empresa a indicação do novo presidente, o privatista Jean Paul Prates, para dar continuidade ao plano que investiu R$ 450 milhões nessas refinarias. Parte dessa quantia milionária vai para os cofres de empresas como Manserv, Estrutural e Engevale, que fazem de tudo para sugar ao máximo dos trabalhadores. Por tudo isso, nós do Esquerda Diário e do MRT damos todo apoio à luta dos trabalhadores da REFAP, assim como defendemos a necessidade de lutar pela efetivação imediata de todos os terceirizados sem necessidade de concurso, e por uma Petrobrás 100% pública sob controle dos trabalhadores e usuários.