Segundo o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos, cerca de 150 trabalhadores da produção da MWL, em Caçapava, entraram em greve nesta quinta-feira (6). O motivo é o atraso nos salários, que deveriam ter sido depositados na quarta-feira (5).
sexta-feira 7 de janeiro de 2022 | Edição do dia
Os metalúrgicos tiveram que ouvir da direção da empresa que “se conseguir fazer o pagamento, será no dia 11 de janeiro”. Os trabalhadores estão sem garantia de quando irão receber o salário e não tiveram mais explicações.
Com a raiva gerada por essa situação, os trabalhadores então decidiram, em protesto, iniciar uma greve que eles chamam de "greve de ocupação". Os trabalhadores entram na fábrica e permanecem de braços cruzados. O movimento é organizado pelos ativistas da fábrica que transmitem as informações à diretoria do Sindicato, que tem reivindicado uma reunião com a direção da empresa. A paralisação é por tempo indeterminado e atinge 100% da produção.
Os cerca de 240 trabalhadores da MWL, produzem rodas e eixos para trens. A maior parte da produção da fábrica tem como destino a exportação, e não apresentou queda nas atividades da empresa.
A empresa é de capital internacional chinesa e produz rodas e eixos inclusive para o metrô de Nova York, segundo informações a empresa não quer pagar o salário do pessoal, que trabalha numa condição bem precária, em fornos a temperaturas altíssimas. Além de estarem sem receber o salário desse mês, alguns estão até sem depósito do fundo de garantia.
Hoje (7) de manhã foi realizada uma assembleia em que foi votado a manutenção da greve de ocupação até que o patrão realize o pagamento do salário atrasado e o aviso de greve. À tarde foi realizada uma nova assembleia na fábrica.
O Esquerda Diário se coloca à disposição amplificar as vozes e a força dessa greve e para estar lado a lado na luta dos operários da MWL, que precisa ser cercada de solidariedade.
