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Enfrentar a extrema-direita de forma independente do governo Lula-Alckmin | Um mês dos atos golpistas de 8 de Janeiro: sem anistia e nenhuma confiança nas instituições do Estado

Passou-se um mês da nefasta invasão dos três poderes em Brasília pela reacionária extrema- direita. O “Capitólio brasileiro”, amplamente financiado por alas do agronegócio e empresários, no entanto, ainda continua impune para uma série de responsáveis militares e civis. Apenas a luta da classe trabalhadora e dos oprimidos pode impor a não-anistia e ser uma alternativa para enfrentar seriamente a extrema-direita e o conjunto do legado do bolsonarismo, não o autoritarismo judiciário e a frente-ampla de Lula-Alckmin com nossos inimigos

sexta-feira 10 de fevereiro de 2023 | Edição do dia

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A palavra de ordem “sem anistia” se fortaleceu frente às ações golpistas de 8 de janeiro. Lutar pela não anistia dos responsáveis pelo golpismo bolsonarista e contra todo o legado da extrema-direita exige responsabilizar não somente Bolsonaro e os bolsonaristas envolvidos nas últimas ações, mas exige romper o atual pacto do regime pela impunidade das cúpulas militares e policiais que abriram caminho a Bolsonaro desde o golpe institucional de 2016, bem como responsabilizar os atores civis e empresariais que têm financiado e apoiado essa corja em nome de seus interesses.

As medidas autoritárias que supostamente serviram para combater o golpismo da extrema direita, como a intervenção federal no Distrito Federal, levadas à frente sobretudo pelo judiciário, rapidamente se voltaram contra a própria esquerda, como foi a proibição de atos, alguns até mesmo em defesa da própria democracia. O que vemos hoje, é o regime do golpe de 2016 fortalecido em torno da unidade das organizações de massas com burgueses, a direita, e o capital financeiro, e com o conjunto dos ataques bolsonaristas como as reformas ultraneoliberais e privatizações intactas, sem falar da situação devastadora deixada pelo antigo governo.

Não é possível combater realmente o bolsonarismo e a extrema-direita sem questionar seus pilares. A luta pela não-anistia passa, para além de batalhar para que a extrema direita pague por tudo que fez nos últimos anos, pela mobilização intransigente pela revogação integral desses pilares do bolsonarismo que seguem vivos.

Essa Frente Ampla mantém o legado econômico do bolsonarismo vivo e mal escondido sob uma forte demagogia progressista enquanto faz a manutenção das reformas anti operárias que massacram a população pobre e trabalhadora diariamente. Não é possível combater o legado desses anos sem a revogação integral de todas as reformas e ataques desde 2016, que beneficiam esses atores.

Apenas com a luta independente da classe trabalhadora, junto a todos os oprimidos, pode impedir que o grito de milhares seja canalizado pela frente ampla do governo Lula-Alckmin em aliança com a velha direita e instituições como o STF, que conduziram o golpe institucional e visam a preservar parte desse legado da extrema direita, e cujo autoritarismo se volta contra a esquerda, os trabalhadores e todas as nossas lutas.




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