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SEMANÁRIO

Uma análise marxista sobre os locautes patronais que bloquearam rodovias

Marcelo Tupinambá

Uma análise marxista sobre os locautes patronais que bloquearam rodovias

Marcelo Tupinambá

Após decretada a vitória de Lula por uma pequena margem sobre Bolsonaro, uma onda de bloqueios tomou estradas importantes do país. Os principais meios trataram rapidamente como um movimento de caminhoneiros, que foram um setor apoiador para a eleição de Bolsonaro em 2018. A quantidade de bloqueios ocorridos entre os dias 2 e 4 de novembro chegou a alcançar cerca de 300 pontos, em diversos estados, nos quais não apenas se questionava o resultado das eleições, como também se demandava “intervenção federal” e demais pautas reacionárias da ultradireita.

A Polícia Rodoviária Federal, a exemplo de outras esferas das forças de repressão, se aliou aos integrantes dos bloqueios, chegando inclusive a romper grades para que os manifestantes de ultradireita se instalassem. A PM batia continência aos que fechavam as estradas. Vôos foram cancelados, insumos deixaram de ser entregues, e um desabastecimento incipiente pode ser visto em algumas cidades. Cenas inadmissíveis, de barbárie ultradireitista, com um conteúdo proto-fascista ao demandar intervenção das Forças Armadas, que exigem da classe trabalhadora organizada uma resposta contundente.

Em um primeiro momento, poderia parecer que se tratava de um movimento com ampla adesão. Mas, ainda que os bloqueios tenham se combinado com manifestações importantes de bolsonaristas em frente aos quartéis em várias capitais, conforme os dias transcorreram ficou claro que havia um caráter importante de lockout patronal, limitado especialmente a um setor do agronegócio. Neste artigo, analisamos alguns fatores fundamentais sobre esse movimento, suas raízes e contradições.

Bolsonaro e o agronegócio

Para avaliar corretamente a natureza dos bloqueios ocorridos durante os primeiros dias após as eleições, é importante retomar algumas definições sobre a relação entre Bolsonaro e o agronegócio, setor ao qual grande parte dos caminhoneiros do país atende.

Não é segredo que um dos maiores pilares de Bolsonaro no governo foi o agronegócio. Oscar Luiz Cervi, ruralista da soja, milho e algodão do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, detém fazendas do tamanho do estado da cidade de Austin, no Texas, e doou R$1 milhão à campanha de Bolsonaro. Outros nomes do agronegócio que clamam aos quatro ventos seu apoio à ultradireita são Odilio Balninotti, dono do grupo ATTO, e Celso Gomes do Santos, conhecido pelo sugestivo apelido de “Celso Bala”, pecuarista. E existem muitos outros nomes e setores que lucram e apoiam a política de desmatamento e avanço predatório praticamente ilimitado sobre o meio ambiente, ademais do massacre perpetrado contra os povos indígenas.

Além disso, Bolsonaro ainda ecoa ideologicamente o reacionarismo que esses setores representam como patronais do agronegócio. Em seus escritos sobre o papel da burguesia dos países semicoloniais, ou de desenvolvimento capitalista atrasado, Trótski assinalava que essas são “vis e covardes diante do imperialismo”. Isto é assim porque seu nascimento já se dava em base à dominação das burguesias dos países mais ricos e poderosos do sistema capitalista internacional, às quais as burguesias nacionais dos países atrasados se subjugaram assumindo um caráter anti-nacional.

Se isso é verdade de forma geral, e não faltam exemplos históricos das burguesias dos países semicoloniais assumindo posições abertamente contrárias aos interesses nacionais, no que se refere aos setores ligados ao agronegócio isso é ainda mais profundo. Ao contrário de representarem o “Brasil que deu certo”, como pretende a propaganda dos setores mais neoliberais, o agronegócio é a expressão do que existe de mais predatório e atrasado no país. Expressam e defendem um processo de reprimarização da economia brasileira, na qual vêem como conquista o desmatamento de terras e a informalidade da força de trabalho à qual exploram, dentre as quais conta-se uma parcela dos caminhoneiros.

Para além do efeito na devastação ambiental, o agronegócio é o setor que mais explora trabalho análogo à escravidão, sendo responsável por 55,6% do trabalho escravo do país. Uma delas foi identificada como apoiadora dos bloqueios, por exemplo, como foi denunciado no Esquerda Diário. Algumas fazendas, como uma autuada em João Pinheiro, Minas Gerais, tinham 273 trabalhadores em situação análoga ao trabalho escravo. Gigantes como a Cosan já figuraram na lista suja do trabalho escravo, provando o caráter de patrocinador do atraso mais regressivo que esses setores são.

Portanto, não é à toa que no primeiro turno, entre as 100 cidades mais ricas do agronegócio, Bolsonaro venceu por margem ampla em 77 delas. E tampouco é coincidência que justamente nos estados onde o agronegócio tem peso, e Bolsonaro foi mais votado, os bloqueios tenham sido mais numerosos e persistentes. Basta tomar Santa Catarina, maior produtor de carne de porco e frango do país, Mato Grosso, produtor de pecuária além de soja e milho, e Paraná, idem, para ter dimensão dos exemplos da ligação entre a patronal agropecuária. Dessa maneira, há que se considerar que os bloqueios que tomaram as estradas do país nos últimos dias não eram movimentações espontâneas, mas, acima de tudo, estavam organizados e financiados amplamente por setores das patronais do agronegócio, tendo inclusive o questionamento de parte dos próprios caminhoneiros.

Os caminhoneiros e os bloqueios de 2022

Todos viram a tragicômica cena que virou um meme instantâneo em que um parvo indivíduo vestido de verde e amarelo andava pendurado na frente de um caminhão, enquanto era possível escutar a voz do motorista, entre chacota e clamor, dizendo que só pararia o veículo quando a “carga” indesejada concordasse em descer. Mas o que isso revela sobre a natureza dos bloqueios golpistas e a categoria de caminhoneiros? Para além de ser uma demonstração da insanidade da ultradireita, essa situação ocorrida em algum ponto das estradas da Bahia, indica como os caminhoneiros não compõem um todo homogêneo e apoiador dos bloqueios ultradireitistas, como gostariam Bolsonaro e sua base.

Se, por um lado, é certo que o movimento dos caminhoneiros de 2018 teve como pauta reivindicações de intervenção militar e assumiu feições de um lock-out patronal abarcando uma ampla unidade deste setor econômico, também com um setor de caminhoneiros autônomos, como demonstramos abaixo, os bloqueios de 2022 representaram somente o lockout patronal de setores de uma burguesia radicalizada reacionária do agronegócio. Para entender essa dinâmica, é necessário avaliar como esteve recentemente a relação entre essa categoria e Bolsonaro, e os condicionantes impostos pelo agronegócio.

Primeiramente, é relevante destacar que os caminhoneiros constituíram-se como uma base eleitoral de Bolsonaro importante em 2018, e novamente em 2022. Mas é preciso analisar também que se trata de um setor extremamente heterogêneo, tanto em sua composição como no que tange aos posicionamentos frente às recentes movimentações bolsonaristas.

Isso se revela nos índices de queda dos autônomos. De acordo com a Agência Nacional de Transporte Terrestre, o país tinha 919 mil motoristas autônomos há cinco anos. Em 2021 esse número caiu para 696 mil, queda de 24%. Muitos venderam seus veículos e voltaram a trabalhar como empregados das empresas de transportes. E, ainda assim, o descontentamento é recorrente. Em matéria do UOL, um caminhoneiro questiona: “Qual profissão a gente fica 30 dias fora de casa? Isso é na empresa que eu trabalho. Em outras são quatro meses de estrada. E não tenho nenhum benefício: não tem localidades para pernoitar com o caminhão, não tem lugar para tomar banho, não tem segurança”.

E a política de privilegiar os acionistas imperialistas da Petrobras, que pressionou à alta dos combustíveis, dentre os quais o diesel, aprofundou essa situação. Entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, o frete médio subiu apenas 1,96% por km rodado, enquanto o diesel elevou-se 41,48%, tornando a realidade desse setor ainda mais difícil, já que cabe aos motoristas autônomos arcar com esses custos. Mesmo com o Auxílio Caminhoneiro, que deu R$ 1 mil aos motoristas autônomos e reconstituiu parcialmente o apoio desse setor a Bolsonaro, não se pode ignorar que houve desacordos e desgastes.

Dessa forma, ainda que disso não se possa derivar que parte expressiva da categoria ainda apoie Bolsonaro, também é um erro crer que os bloqueios que ocorreram por todo o país foram apoiados de forma homogênea e massiva por esse setor. Com o decorrer dos dias, diversos relatos de caminhoneiros empregados das empresas de transporte vieram a público afirmando que estavam ali obrigados pelas patronais. Outros ainda enfrentavam-se com os que estavam na linha de frente das paralisações. E havia ainda os que chegavam a dizer que não haviam votado em Bolsonaro. Disso deriva que, em uma medida maior que o noticiado no início das ações nas estradas, os responsáveis mais importantes pelos bloqueios foram as patronais, que usaram os caminhoneiros que empregam para efetivar essa ação ultradireitista.

O que mudou e o que se manteve desde o lockout patronal de 2018?

É impossível entender os bloqueios que aconteceram pós-segundo turno por fora de uma análise do que aconteceu em 2018 na “mobilização de caminhoneiros”. Todos se lembram do país paralisado por cerca de uma semana, causando uma crise de abastecimento e política.

Aquele lockout patronal teve um caráter e extensão muito mais amplo do que o atual, por alguns fatores: a) ainda que a direção daquele movimento já era a patronal reacionária bolsonarista, esta soube arrastar atrás de si a parcela da categoria de caminhoneiros autônomos e também parte das grandes transportadoras do país (que também têm vínculos importantes com o agronegócio); b) essa aliança mais ampla se deu pelo fato de que o programa não era somente “intervenção militar” como agora, mas se combinou com a redução do preço do diesel, ainda que, como explicamos neste artigo, também se tratava de uma demanda reacionária inserida no marco de uma disputa inter-burguesa; c) conquistaram amplo apoio social porque a sociedade estava sofrendo com o aumento dos combustíveis e souberam ocultar que seu objetivo era a redução do diesel dentro de denúncias em geral do aumento dos combustíveis, além de que canalizaram a insatisfação enorme no país com o governo Temer, só que pela direita, depois de o PT e a CUT abrirem espaço para isso (o que vamos desenvolver abaixo).

Mas apesar de todas essas diferenças daquele lockout de 2018 para este de agora, basta ver um dos organizadores do mais recente para ver a relação entre eles. Um empresário bolsonarista Emílio Dalçoquio Neto, que a própria CNN denunciou como um dos organizadores do atual “protesto”, é dono de uma frota com centenas de caminhões e foi protagonista em 2018, como denunciamos naquele momento no Esquerda Diário. Esse empresário tem sua empresa concentrada justamente em Santa Catarina, um dos lugares onde teve mais peso os bloqueios atuais, e que recebeu visita de Bolsonaro pouco antes do segundo turno.

Mas é necessário inserir aquela ofensiva de 2018 num marco ainda mais amplo, analisando de conjunto a enorme operação bonapartista reacionária que permitiu a vitória de Bolsonaro, forçando a correlação de forças do país o máximo à direita possível. A direita já havia sido ativa em desviar e mudar o caráter do processo de luta de Junho de 2013 que se inicia em uma chave progressista, para ser canalizado pela direita em um movimento anti-petista. Esse processo não se consolida ali, pois há ainda um importante ciclo de greves em 2014, que os garis do Rio despertaram, além de uma série de lutas dos movimentos sociais. Entre 2015 e 2016 é quando a direita assume protagonismo nas ruas, impulsionando mobilizações de caráter abertamente reacionário e golpista, já com um papel importante da “família militar” (que envolve milhões no país). Mas essa disputa na correlação de forças em um país marcado pela crise orgânica ainda não havia se definido completamente pela direita, o que vai se dar somente a partir do papel do PT e da CUT em desarmar o processo de luta que se deu com a paralisação nacional em 2017 contra a reforma trabalhista. Foi a partir dali que o bolsonarismo viu as condições para levar à frente uma ofensiva bonapartista que fosse capaz de levar Bolsonaro à presidência, com o papel protagonista dos militares ligados a ele, que no governo Temer já assumem enorme papel no regime político mas queriam um governo que representasse mais abertamente seus interesses.

A cronologia dos fatos é irrefutável. Em 16 de fevereiro começa a Intervenção Federal militar no Rio de Janeiro, que dura até 31 de dezembro, quando assume Bolsonaro. Em 14 de março, assassinam Marielle. Em 7 de abril, prendem Lula. Em 20 de maio, Bolsonaro convoca a mobilização reacionária dos “caminhoneiros”, que se inicia a partir do dia 21 de maio e dura uma semana. Essa ofensiva foi parte fundamental de colocar Bolsonaro como protagonista na disputa presidencial completamente fraudulenta e manipulada, que teve ainda o episódio da facada que o transforma em vítima e o torna capaz de vencer.

No Esquerda Diário, também denunciamos que esses setores estavam se organizando para fazer um lockout caso Bolsonaro perdesse a eleição de 2018. Estava tudo armado e naquele momento teria tido mais apoio social do que teve agora inclusive, por esses fatores que analisamos.

Bolsonaro já havia tentado organizar novos lockouts patronais durante 2020 e 2021, durante a pandemia, em meio ao enfrentamento aos governadores e buscando garantir o funcionamento pleno da economia em meio ao auge da Covid. Chegou a conseguir realizar algumas pequenas manifestações, mas ali já eram demonstrações de que Bolsonaro não tinha a mesma capacidade de mobilizar em causa própria o conjunto do setor dos transportes numa mobilização diretamente política. Houve algumas ações isoladas e sem grande repercussão, apesar de várias tentativas, que não foram acompanhadas pelo setor de caminhoneiros autônomos, por um lado, e nem pela grande patronal dos transportes, por outro. Nessas ações, mostrava-se novamente como havia um núcleo duro radicalizado da burguesia com Bolsonaro capaz de fazer movimentos como o que fez agora novamente, mas também sua incapacidade de conquistar hegemonia social com suas demandas abertamente golpistas e também que no próprio setor de transporte não era capaz de abarcar a mesma amplitude sem conter demandas econômicas como a redução do diesel.

Houve ainda uma mobilização em novembro de 2021 que se expressou diretamente choque de um setor com o governo, convocada pela Confederação Nacional de Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTLL), pela Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) e pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). A principal pauta na ocasião era a alta do diesel, que acumulou uma elevação de 57% tornando quase inviável a permanência de uma camada de motoristas autônomos. Mas outras também foram incluídas, tais como a aposentadoria especial com 25 anos de contribuição ao INSS e a cobrança de fiscalização para que as empresas não descumpram o piso mínimo do pagamento mínimo do valor do frete. Na ocasião, a resposta de Bolsonaro foi combinar 29 liminares contrárias à manifestação, que previam multas impagáveis aos motoristas autônomos, a acenos de concessões futuras. Evidentemente, isso por si só não indica que os caminhoneiros deixaram de ser base importante para Bolsonaro. Mas demonstra que se trata de uma base bastante heterogênea, e que ainda aí existem instabilidades importantes. Apesar de se tratar de uma categoria bastante permeável pelo discurso conservador em relação a valores e costumes, há nesae setor uma percepção de que as condições de trabalho e de vida pioraram nos últimos anos.

Portanto, podemos concluir que o núcleo reacionário que agora se manifesta de forma inequivocamente proto-fascista, já tinha papel dirigente e protagonista desde os bloqueios de 2018. No entanto, agora atuaram de forma isolada e não conseguiram a hegemonia interna nem social que tiveram naquele então, fruto dos desgastes que teve Bolsonaro durante seu governo.

A esquerda se adaptou aos bloqueios reacionários de 2018

Nos bloqueios de 2018, a esquerda teve de conjunto uma adaptação ao golpismo que se expressava naquele movimento. Infelizmente, nós do MRT fomos uma voz isolada na esquerda brasileira denunciando aquela mobilização de caráter reacionário.

Polemizamos naquele então com o PSOL, com o PSTU, que saudava a “rebelião popular” e outras correntes. Por sua vez, o PCB e a UP também apoiaram a mobilização reacionária dos caminhoneiros de 2018.

No caso do PSTU, era somente uma continuidade em relação à adaptação à Lava Jato e ao impeachment, o que se liga ao fundamento teórico da tradição de Nahuel Moreno que apoia qualquer tipo de mobilização contra governos, sem dar a devida importância para qual é a direção destes movimentos e o seu programa, sempre com a lógica de “disputar o movimento”. No caso da Resistência, como polemizamos neste artigo, expressava como não fizeram uma ruptura teórica com essa corrente morenista da qual se origina em grande parte. Assim, a própria esquerda terminou sendo uma das engrenagens que legitimou não somente os métodos, mas a pauta reacionária dessa patronal bolsonarista de intervenção militar como se fosse algo secundário, sempre com o argumento que era necessário “disputar o movimento”.

No caso, tal "movimento" tinha como núcleo dirigente o próprio Bolsonaro e esse setor da burguesia golpista que o segue, que voltou a mostrar seus dentes em 2020 e 2021, mas não conseguiu ter o mesmo peso devido a que foi o momento auge da impopularidade do governo Bolsonaro diante de sua política genocida na pandemia. E são os mesmos que frente ao resultado eleitoral de agora voltaram a agir. Tudo isso sem que houvesse uma esquerda unificada num combate frontal contra essa burguesia reacionária golpista.

Como enfrentar essa extrema direita reacionária?

Este setor burguês que organiza esse tipo de manifestação reacionária só pode ser combatido com a força da luta de classes e com uma política de independência de classe. Daí a necessidade de fazer esse balanço da política da esquerda em relação a 2018 e do papel das direções do PT e da CUT que abriu espaço para essa ofensiva da direita, desarmando a greve geral de 2017.

A necessidade desse balanço se liga à completa ausência de um enfrentamento do PT, da CUT, do PSOL e de toda a Frente Ampla em relação aos recentes bloqueios e manifestações golpistas na frente dos quartéis. Deixaram crescer as manifestações livremente e clamaram pela “intervenção das instituições", especialmente do poder judiciário que se ergue cada vez mais como ator bonapartista, dessa vez na defesa da chapa Lula-Alckmin e com Alexandre de Moraes à frente, e não mais como opositor ao PT com a Lava Jato e Sérgio Moro.

Enquanto essas direções do movimento de massas atuavam para que nada fosse feito, espontaneamente surgiram setores do movimento operário dando exemplo, como foram os estaleiros dissolvendo os bloqueios. Ao não ser convocado pelas direções do movimento de massas, de forma organizada, surgiram também as ações das torcidas organizadas e setores populares revoltados. Essa foi somente mais uma demonstração do papel que terão o PT e a CUT agora que serão governo, que é de bloquear mobilizações e não organizá-las. Será necessário construir uma mobilização independente do governo eleito para levar à frente um verdadeiro combate contra a extrema direita, os capitalistas, pelas pautas econômicas da classe trabalhadora e também as dos setores oprimidos.


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