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Denúncia | UnB: Estudantes mães começam semestre sem direito a permanência, a reitoria é responsável!

quarta-feira 29 de março de 2023 | Edição do dia

PELO DIREITO À EDUCAÇÃO E MATERNIDADE JÁ!

CRECHES E PERMANÊNCIA PARA TODAS QUE PRECISAM!

A REITORIA É RESPONSÁVEL!

Post recentemente publicados na UnB Paquera expressam a realidade precária das mulheres mães da nossa universidade. A partir de mais de um relato de estudantes como "Preciso de alguém que tenha disponibilidade de segurar o neném somente durante minhas aulas", "Não posso levar o neném para assistir (...) A única função seria deixar ele engatinhar, podemos trocar favores", "Tenho medo de ser expulsa sala".

Fica nítido a precariedade que as mulheres enfrentam no acesso e permanência em nossa universidade e ao ensino superior, e também no trabalho. A tríade de escolha entre filhos, trabalho e estudos, é uma realidade que atravessa a vida das mulheres, mães e estudantes, que além de serem exploradas com jornadas duplas, triplas, quádruplas de trabalho, e as retiradas de direitos como com a reforma trabalhista e da previdência, têm o direito a educação e a maternidade sistematicamente negados pelo Estado e pela universidade através da Reitoria, que aplica cada corte na educação dos governos, como foi no de Bolsonaro.

É um absurdo que mães tenham que cogitar trocar favores por direitos básicos que devem ser garantidos pela nossa universidade como a permanência estudantil, pois na prática muitas estudantes acabam não indo a aula, ou trancando o curso. Já as trabalhadoras são demitidas, em especial as terceirizadas que são mais precarizadas. Ano passado várias trabalhadoras terceirizadas da UnB, uma maioria de mulheres negras, foram demitidas após tirarem licença maternidade.

A maternidade e educação de qualidade são um direito! E, agora precisam se tornar uma realidade. Nós, do grupo de mulheres Pão e Rosas e da Faísca Revolucionária, nos solidarizamos com todas as estudantes mães da UnB. O DCE e os CA’s devem organizar os estudantes, em solidariedade a todas as mulheres, para conquistar esses direitos na luta, de maneira independente da Reitoria e dos governos. Fomentando assembleias em cada curso, mobilizações e debates sobre o tema.

É urgente a luta por creches para todas que precisam, estudantes, trabalhadoras efetivas e terceirizadas e professoras. Assim, como toda a estrutura necessária para a maternidade como locais de apoio e fraldários. E, bolsas de permanência estudantil para todas as estudantes mães que necessitam, de pelo menos um salário mínimo.




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