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8M | Venha com o Pão e Rosas construir um bloco classista e independente de governos e patrões no 8M em SP

Venha compor o nosso bloco, no dia 8 de março às 17h em frente ao fórum Pedro Lessa, ao lado do MASP!

Pão e Rosas@Pao_e_Rosas

terça-feira 7 de março de 2023 | Edição do dia

Como uma herança maldita do governo Bolsonaro vemos hoje o aumento brutal da violência contra a mulher. As falas misóginas encharcadas de ódio resultaram em políticas nefastas para as mulheres.

Bolsonaro, cortou verbas que deveriam ser destinadas as políticas públicas de proteção e combate a violência contra a mulher, buscando vetar a distribuição de produtos de higiene íntima e absorventes para combater a pobreza menstrual, fechou casas abrigos que atendiam mulheres e crianças vítimas de violência, além dos ataques às professoras e à educação sexual nas escolas. Meninas vítimas de violência sexual foram chamadas de assassinas com o aval de sua ministra, Damares Alves, ao buscarem o aborto legal.

Tarcísio, bolsonarista do Republicanos e governador de São Paulo, escolheu uma nova Damares para ser secretária da Mulher, Sonaira Fernandes, que declarou guerra ao movimento de mulheres, chamando as feministas de genocidas. O governo federal de Lula e Alckmin escolheu uma nova ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, mas nem Lula e Alckmin, tampouco a nova ministra estão comprometidos com a demanda histórica das mulheres, o direito ao próprio corpo, ao aborto legal, seguro e gratuito.

Esse panorama coloca sobre o movimento de mulheres a urgente necessidade de se organizar de forma independente de governos e patrões para que possamos arrancar nossos direitos e garantir as nossas vidas. No entanto, setores do movimento mulheres, como a Marcha Mundial de Mulheres, comandada pelo PT, setores do PSOL, MNU e outras, continuam a depositar toda a potência da luta das mulheres no governo e no regime que nunca apoiaram a nossa luta e da nossa classe. Ao fazerem isso engrossam as fileiras da Fiesp, FEBRABAN, dos ajustadores que são os mais interessados na manutenção da opressão, pois ela é muito lucrativa para os empresários.

Esse setores não só caminham para a capitulação, abrindo mão de pautas essenciais, como se colocam como um freio e um obstáculo para a luta. Sejam através das centrais sindicais petistas ou controlando os aparatos sindicais, esses grupos mantém separadas as demandas das mulheres, que são metade da classe trabalhadora, da luta pela pautas econômicas e pela sobrevivência dos trabalhadores. Utilizando-se de métodos alheios à democracia operária, tentam calar aquelas que se colocam em oposição à frente ampla com empresários e que lutam por um movimento independente politicamente dos governos. Elaboraram um manifesto onde não se encontra uma linha de crítica as declarações anti-aborto de Alckmin ou de denúncia aos 13 anos de governos petistas que o aborto não foi legalizado. Pior, querem vetar a fala daquelas que, ao não concordarem com o dito manifesto, não o assinam e que defendem uma política classista.

Infelizmente, essa postura não tem sido incomum, embora seja ultrajante, pois impõe um cala a boca a um setor importante do movimento de mulheres. As correntes do PSOL que tem atuado como porta-vozes do PT acabam por se disciplinares por práticas autoritárias.

Nós do grupo de mulheres Pão e Rosas defendemos a democracia operária, o direito a fala e expressão das posições classistas. As trabalhadoras e estudantes devem poder falar, basta que a burguesia tente nos calar. Juntamente com a CST, PSTU entre outras, formamos um bloco classista para levar às ruas uma posição independente que se inspira na força das mulheres peruanas que se levantam contra o governo autoritário de Dina Boluarte e que se coloca a tarefa de organizar a luta nas bases, nos locais de trabalho e de estudo para lutar pela revogação das reformas que precarizam a vida das mulheres trabalhadoras e pelo direito ao aborto legal.

Venha compor o nosso bloco, no dia 8 de março às 17h em frente ao fórum Pedro Lessa, ao lado do MASP!




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